quarta-feira, 13 de julho de 2016

Com novo vazamento, Lava Jato inventa uma forma de acusar Lula.



Jornal GGN - A operação Lava Jato vazou para o jornal O Globo documentos apreendidos no sítio utilizado pela família de Lula em Atibaía (SP), e em sua residência em São Bernardo do Campo, que agora são usados para acusar o petista de se beneficiar da compra de um prédio de três andares pela Odebrecht. No imóvel na Vila Clementino, adquirido por mais de R$ 6 milhões, seria instalada uma nova sede para o Instituto Lula, segundo a força-tarefa.
Em nota à imprensa, o Instituto aponta que mais uma vez a Lava Jato se associa à imprensa, com vazamentos seletivos, para tentar atingir a imagem do ex-presidente com denúncias que não se sustentam.
Pelas informações do jornal, em junho de 2010, a Odebrecht adquiriu o prédio, na Zona Sul de São Paulo, e havia a pretensão de reformar o espaço para abrigar a sede do "futuro Instituto Lula". "A compra foi feita em nome da DAG Construtora, de Salvador, que pertence a Demerval Gusmão, amigo e parceiro de negócios de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira."
A Polícia Federal acredita, a partir de outros dados coletados durante a apuração, que o imóvel foi comprado por quase metade de seu valor real.
Além disso, uma "pasta rosa" com o nome da esposa de Lula, dona Marisa, apreendida em Atibaia, contém um projeto de reforma de um espaço que serviria ao novo instituto. Esse projeto foi imediatamente associado pela Lava Jato ao prédio adquirido pela Odebrecht, mas a edição de O Globo não traz provas de que se trata do mesmo espaço, nem dá transparência à totalidade do conteúdo da pasta rosa.
No apartamento de Lula, em SBC, a operação apreendeu e-mails que denotam a participação do advogado e amigo de Lula, Ricardo Teixeira, na transação comercial. Também está em posse da Lava Jato outros documentos que mostram que o prédio iria ser adquirido com ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai, que informou à força-tarefa ter desistido da compra. Por isso, diz o relatório, a DAG entrou na negociação. A DAG vendeu o imóvel para a Odebrecht em 2012, e a empresa registrou a propriedade em 2014.
Em nota ao O Globo, Teixeira afirmou ter apenas assessorado “um cliente, que não é o Instituto Lula, na aquisição de um imóvel na Vila Clementino” e, depois, na revenda para a DAG. Segundo ele, o prédio chegou a ser oferecido ao Instituto Cidadania, mas “não houve interesse” na compra. “Nada como juntar partes de episódios reais com invencionices para tentar criar relações inexistentes”, criticou Teixeira.
Abaixo, a nota completa do Instituto Lula:
Desde que foi criado, em 2011, o Instituto Lula funciona em um sobrado adquirido em 1991 pelo antigo Instituto de Pesquisas do Trabalhador. No mesmo endereço funcionou, por mais de 15 anos, o Instituto Cidadania. Originalmente, era uma imóvel residencial, semelhante a tantos outros no bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo.
O texto de O Globo a partir de vazamentos ilegais de agentes do estado repete uma ilação que já foi desmentida em outras ocasiões. Mais uma vez, querem impingir ao ex-presidente Lula uma acusação sem materialidade, um suposto favorecimento que nunca existiu, inventando uma sede que o Instituto Lula nunca teve, com o claro objetivo de difamar sua imagem.
Ao longo desses 20 anos, o endereço e o compromisso do Instituto Lula com a democracia e a inclusão social permanecem os mesmos.

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