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Jornal GGN - O ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, Branislav Kontic, tentou suicídio na carceragem da Polícia Federal de Curitiba, na sexta-feira passada, mas o fato só foi noticiado pela imprensa na noite desta quinta (6), quando o juiz Sergio Moro já havia autorizado sua remoção para o Complexo Médico Penal do Panará.
Ao saber da notícia, o ex-deputado estadual Adriano Diogo (PT) reagiu nas redes sociais com a seguinte mensagem: "Meu grande amigo Brani, a pessoa mais honesta do mundo!"
Segundo informações do colunista Lauro Jardim (O Globo), Brani, que é sociólogo, ingeriu 40 comprimidos na cela da PF no dia em que Moro decidiu esticar sua temporada na prisão, transformando a prisão temporária em preventiva, a pedido da força-tarefa da Lava Jato.
O Estadão informou que "Brani se submete a um longo tratamento psquiátrico e toma medicação continuada – antidepressivos." Ele foi levado ao Hospital Santa Cruz, em Curitiba, "para acompanhamento médico e a realização de exames", segundo a PF. Depois, foi levado novamente para a prisão.
No despacho em que mandou dar continuidade à prisão de Brani, Moro disse que recebeu a manifestação das defesas dos investigados solicitando a revogação da medida, mas que não era o caso de "examinar, com profundidade, os álibis apresentados."
Ele listou o levantamento, feito pela Lava Jato, de mensagens que atestam que Brani foi preso porque, como ex-assessor, cuidava da agenda de Palocci. Segundo a Lava Jato, seu pecado foi trocar mensagens com Marcelo Odebrecht, que tentava marcar reuniões com Palocci para, supostamente, discutir medidas do governo Lula que poderiam beneficiar a empresa.
"Em mensagens eletrônicas trocadas entre Marcelo Bahia Odebrecht e executivos do Grupo Odebrecht entre os dias 02 e 03 de maio de 2009 (fls. 7073, representação policial, evento 1), Marcelo Bahia Odebrecht indaga a Alexandrino Alencar se ele tentou marcar uma reunião com "Italiano" na segundafeira, e que, em caso negativo, Marcelo ligaria para "Brani" para tentar marcar."
Na visão da Lava Jato, como Brani era sócio de Palocci na empresa Projeto Consultoria Empresarial, pode ser que ele tenha sido beneficiado com eventual repasse de propina da Odebrecht para o ex-ministro.
A Lava Jato, contudo, não conseguiu rastrear esses supostos pagamentos. Isso foi usado por Moro para justificar a necessidade de Palocci e Brani continuarem presos até que o "produto do crime" seja identificado.
"O apelo à ordem pública, seja para prevenir novos crimes e há aparentemente um saldo de propina a ser pago, seja em decorrência de gravidade em concreta dos crimes praticados, é suficiente para justificar a decretação da preventiva", disse Moro.
Leia a decisão de Moro aqui.
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sábado, 8 de outubro de 2016
Ex-assessor que tentou suicídio foi preso na Lava Jato por cuidar da agenda de Palocci.
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