domingo, 13 de maio de 2018

ALEXANDRE GARCIA, PORTA-VOZ DE FIGUEIREDO, TAMBÉM SABIA DA AUTORIZAÇÃO PARA EXTERMINAR OPOSITORES?

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Até aqui, pouco se falou sobre uma figura chave da relação entre a ditadura militar e a Globo. Alexandre Garcia, porta-voz do general e ditador Figueiredo, era figura muito próxima e estratégica do regime militar, tanto, que logo após a posse de Sarney, assumiu um quadro que ridicularizava, justamente, os deputados e senadores, com uma câmera indiscreta, no panfleto dominical da Globo, o Fantástico.
Alexandre Garcia é uma das figuras asquerosas da rede dos Marinho, que continua com seu ar moralista, como contraponto do apresentador do jornal “Bom Dia, Brasil”, Chico Pinheiro. Garcia é o pé na aristocracia que afunda o jornal, frente à humanidade de Chico Pinheiro.
Sua influência moralista chega a mais de 300 rádios, em todo o Brasil, que tem contrato indireto, para retransmitir seus discursos de ódio discreto, conservadorismo quase religioso e comentários que, em muitos casos, são um arremedo da verdade. Vide o caso do rapaz assassinado na cidade de Volta Redonda, por uma briga relativa ao volume de som de um carro, em um praça repleta de mesas de bar.
Segundo o comentarista, o absurdo foi um médico ter sido assassinado por um rapaz negro, dono do carro com som alto. Para piorar, anunciou o fato no “Bom Dia, Brasil”, abordando a violência no país, como se tivesse ocorrido na cidade de Barra do Piraí, também no Rio de Janeiro.
Aqui, faço um recorte de relato pessoal. O rapaz assassinado é um amigo de infância, o pai médico é amigo de família e seu comportamento não foi dos melhores, humilhando o rapaz, justamente com ofensas racistas, entrando no carro e desligando o som a força. Não quero defender o assassino que matou meu amigo, mas, expor que o caso está bem distante da realidade abordada pelo jornalista paspalho. Detalhe, eu iria encontrá-los antes do ocorrido.
Moralista e mal intencionado, Alexandre Garcia lavava os pés dos generais, beijava as mãos do “doutor” Roberto (Marinho) e servia de capacho para quem o deixasse subir os degraus sociais. Geisel, que agora entra para a história como um assassino consciente de seus crimes contra a humanidade, passou a incumbência de escolher quem vive e quem morre a Figueiredo, que se tornou presidente na sequência de seu governo. Tão próximo dos ditadores, Garcia não sabia da autorização para execuções, assassinatos e torturas de seus patrões aos quais era porta-voz? Ora, o capacho falava por eles. Será mesmo um outro “inocente útil”?
Sem dúvida, há mais mistérios entre a Globo e a Ditadura, do que julgam nossas vãs filosofias, não é?
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