quarta-feira, 9 de maio de 2018

MORO E A REPUBLIQUETA CURITIBOCA PRECISAM SER FREADOS POR ALGUÉM SÉRIO NESTE PAÍS.

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Há um ano, o governo brasileiro encaminhou à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um pedido formal de adesão. Foi uma mudança na posição do país que os governos do PT não buscou.
No início do mês passado chegou a resposta do governo americano que se posicionou contra a nossa admissão e, em nosso lugar, aceitou a Argentina que, ao lado do Chile e México, entrou para o clube das nações ricas do planeta Terra. Ou seja, estávamos na posição de “não participa porque não quer” para “vai tomar bomba se pedir pra entrar”.
Poucos souberam deste vexame.
A grande imprensa escondeu a notícia relegando-a a páginas internas de cadernos de economia ou simplesmente a ignorou, o que é normal porque estava empenhada em manter o tom do golpe e fingindo que nada aconteceu.
Se fosse o contrário, supondo que a OCDE aceitasse o pleito, estaríamos assistindo a uma cobertura triunfal que saúda a decisão como uma conquista e reconhecimento do mundo civilizado às políticas de Temer e Meirelles, o que turbinaria a candidatura presidencial natimorta de ambos, sendo que o primeiro sagazmente driblaria outro carregamento de denúncias e sobrariam manchetes obsequiosas para ajudá-lo.
E na hipótese de o governo Dilma batendo às portas da OCDE e levando um fora, haveria uma avalanche de editoriais, colunas e comentários de “cientistas políticos” ridicularizando o desfecho.
O fato de os EUA terem negado a postulação tem razões ocultas que moveram a ação: para Trump, o governo argentino de Macri possui respaldo eleitoral para comprometer-se com uma agenda, enquanto no Brasil falta consenso claro sobre as reformas necessárias. Segundo o presidente americano, Macri mostrou ter apoio nas eleições presidenciais e legislativas, enquanto Michel Temer é odiado pela quase totalidade do povo brasileiro.
Os americanos e o resto do mundo sabem que Temer sobrevive apenas porque é mantido em vida vegetativa pela elite econômica, pelos “ativistas” do judiciário e pela imprensa conservadora. Ele e seu governo de nulidades, sua equipe de economia com resultados pífios e sua agenda reprovada quase unanimemente por todos, nada mais são do que a prova do fracasso do golpe de 2016, agora atestado com papel passado por Donald Trump.
Derrubar um governo legítimo depois de tê-lo bloqueado com manobras congressuais escusas e inventar alguém como Temer na presidência impondo uma política antediluviana em termos sociais só poderia dar nisso. O adoçamento, truculência e arrogância das elites que se vangloriam de ter tirado o PT do governo as levaram onde estão.
Se tivessem respaldo eleitoral não precisariam mendigar apoio. Na economia, só consegue pensar com imediatismo quem não se preocupa com as consequências, como piratas que saqueiam e seguem viagem. Já na política, o único combustível de suas ações é o ódio a qualquer proposta popular cujos alvos foram Getúlio Vargas, Juscelino Kubistheck, João Goulart e finalmente Lula com todo o PT.
A mistura de imediatismo e ódio nos trouxe ao fundo do poço em um impasse do qual parece não haver saída. A prisão de Lula é seu ápice. Se as elites fossem menos estúpidas, a marcha da insensatez teria cessado muito antes, mas o que esperar de gente como estes personagens principais que hoje vemos?
Uma coisa é certa: se em vez de FHC houvesse Mário Covas – ou se no lugar de ACM Neto estivesse seu avô – ou se o Roberto fosse o patriarca ativo dos Marinho – ou ainda se Ulisses liderasse o MDB em lugar do quadrilhão de Temer – ou mais ainda, se Brizola permanecesse como figura mor do PDT – ou seja, se no meio empresarial tivéssemos personalidades tão respeitáveis quanto já tivemos e se o STF fosse dirigido por magistrados ilustres que por lá passaram, o Brasil seria outro.
Decerto teríamos sido poupados do golpe de 2016 e alguém já teria dado um basta aos desmandos e prepotências de Sergio Moro e sua republiqueta curitiboca. A única liderança que a massiva maioria no Brasil respeita está encarcerada. E os americanos fazem muito bem em querer distância de nós.
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