segunda-feira, 21 de maio de 2018

Nicolás Maduro tem quase 70% dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo (20/05) no país, anunciou a presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena.
Segundo a oficial, que anunciou os números por volta das 23h20 de Brasília, a tendência é irreversível e aponta para a vitória de Maduro, que, até o momento, tem 67,7% dos votos (5.823.728 do total). O candidato da oposição, Henri Falcón, somou 21,2% (1.820.552 votos); Javier Bertucci, 10,75% (925.042); Reinaldo Quijada, 0,4% (34.614).
Até agora, foram apuradas 92,6% das urnas e, segundo o CNE, 46,01% dos venezuelanos compareceram às urnas neste domingo – a projeção é que o resultado final mostre 48% de comparecimento.
Com a vitória, Maduro irá para seu segundo mandato como presidente da Venezuela, após assumir o cargo em 2012, quando o então presidente Hugo Chávez faleceu.
Discurso
Maduro falou a apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas. “Estamos obtendo um recorde histórico, nunca antes um candidato havia ganhado com 68% dos votos populares [na Venezuela], e nunca antes havia conseguido 47 pontos de diferença em relação ao segundo candidato”, disse Maduro.
“Esta é a vitória número 22 em 19 anos [de chavismo], conquistada com base no esforço, no trabalho consciente, conquistada junto a um poderoso movimento, de um povo unido, de um povo lutador”, disse Maduro, que dedicou a vitória ao ex-presidente Hugo Chávez. “Vocês confiaram em mim, e eu vou responder a essa confiança amorosa.”
O agora presidente reeleito chamou os candidatos derrotados para conversar sobre o futuro do país. Maduro também anunciou que vai pedir a Lucena, ainda nesta segunda (21/05), a auditoria de 100% das urnas e a apuração de todas as denúncias de fraude durante o pleito. A lei eleitoral exige que apenas 54% sejam auditados.(Do Opera Mundi)
Rede Globo perdeu a eleição na Venezuela
Deu Nicolás Maduro na Venezuela. Por isso a mídia brasileira já começa com o velho chororô de perdedor. “Rival de Maduro aponta irregularidades em eleição com alta abstenção” (Estadão), “Candidatos opositores acusam Maduro de coagir eleitores” (Folha) e “EUA afirmam que não reconhecerão resultado de pleito na Venezuela” (Veja), só para ficar em três exemplos.
O deputado Diosdado Cabello, um dos expoentes do chavismo e líder do PSUV, partido de Maduro, disse que esse discurso reproduzido pela imprensa brasileira é conversa mole de perdedor. “Essa é uma desculpa [dos candidatos opositores] para explicar a falta de votos.”
Após o encerramento da campanha eleitoral venezuelana, neste sábado (19), os institutos de pesquisa apontavam a reeleição de Nicolás Maduro com 48% dos votos. No entanto, a luta neste domingo (20) era garantir que os eleitores comparecessem às urnas.
Um conselho para a velha mídia golpista brasileira: reconhece a derrota que dói menos. (Do Blog do Esmael)
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Voto da população da Venezuela ‘reforça caráter autoritário’, considera governo do Brasil.


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Ministério das Relações Exteriores, comandado pelo Tucano Aluysio Nunes (PSDB), do governo de Michel Temer, que chegou ao poder pelo golpe parlamentar de 2016, afirmou que os votos da população da Venezuela nas eleições realizadas ontem “reforçam o caráter autoritário do regime”.
Para o governo golpista brasileiro, a consulta popular e a participação da população através do voto é sinônimo de “autoritarismo”. Ou seja, as eleições são autoritária e o golpe parlamentar e judicial no Brasil foi democrático.
O governo de Michel Temer e do PSDB lamentou a forma como ocorreram as eleições presidenciais na Venezuela, sem fundamentar o motivo. “O pleito do dia 20 de maio careceu de legitimidade e credibilidade”, diz a nota oficial.
O governo de Michel Temer queria que o governo da Venezuela aceitasse interferência internacional. Diz que “lamenta profundamente que o governo venezuelano não tenha atendido aos repetidos chamados da comunidade internacional pela realização de eleições livres, justas, transparentes e democráticas”. O Comissão Eleitoral da Venezuela afirma que há 200 observadores nas eleições, sendo muitos internacionais.
Já o Itamaraty ressalta ainda, no texto, que as eleições ocorreram em meio a presos políticos, partidos e lideranças políticas inabilitado. O Itamaraty não explica quem são os presos políticos da Venezuela e também se cala sobre a prisão sem provas e política do ex-presidente Lula, justamente para evitar que o ex-presidente possa ser candidato.
O mais irônico desta história é que o senador Aloysio Nunes, que comanda o Itamaraty é do PSDB, partido que foi derrota nas eleições presidenciais de 2014 no Brasil, e só está no governo por causa do golpe parlamentar de 2016.
“Assim, ao invés de favorecer a restauração da democracia na Venezuela, as eleições de ontem aprofundam a crise política no país, pois reforçam o caráter autoritário do regime, dificultam a necessária reconciliação nacional e contribuem para agravar a situação econômica, social e humanitária que aflige o povo venezuelano, com impactos negativos e significativos para toda a região, em particular os países vizinhos”, diz a nota do Itamaraty. (Carta Campinas e Agência Brasil)
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