sábado, 9 de junho de 2018

A Copa do Mundo e a luta contra o golpe.

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No dia 14 de junho, na Rússia, tem início a Copa do Mundo de Futebol, evento esportivo mais popular e importante do mundo, talvez até mais do que a própria Olimpíada. O jogo de estreia da competição será entre os anfitriões e a Arábia Saudita, ao meio-dia, horário de Brasília, em Moscou, no antigo estádio Central Lênin, hoje Lujniki. A Seleção Brasileira estreia no dia 17, domingo, contra a Suíça, às 15 horas, na cidade de Rostov.
A poucos dias do início do evento, o povo brasileiro se vê no meio de um golpe de Estado que retira brutalmente os direitos políticos, sociais e econômicos da população. Ao mesmo tempo, vê os símbolos nacionais identificados com a corja de coxinhas que ajudaram, manipulados pela direita nacional e pelo imperialismo, a derrubar o governo do PT.
A maioria do povo, que como fica claro agora nunca apoiou o golpe, está evitando usar a camiseta da Seleção e, às vésperas do início da competição, não se vê a euforia de sempre nos bairros e nas casas, que tradicionalmente se colorem para torcer pelo melhor futebol do mundo.
Os golpistas procuram explicar esse fato como um resultado de que a população estaria insatisfeita com “os políticos”. Nada poderia ser mais cínico. Esse certo desânimo na população não é nada mais devido ao fato de que o povo não quer ser confundido com os coxinhas que agora, por ironia, não torcem para o Brasil e sequer gostam realmente de futebol. Em suma, os coxinhas, que se apropriaram da camisa da seleção para dar um golpe contra o próprio País, não gostam do povo brasileiro e portanto não gostam da cultura popular, como é o caso do futebol, e por isso torcem para seleções estrangeiras. Foi assim, por exemplo, na Copa de 2014, quando os coxinhas saíram às ruas para dizer que “não vai ter Copa”, contribuíram para a derrota da Seleção para enfraquecer o governo Dilma e deram gargalhadas da derrota para a Alemanha.
Esses são os coxinhas com os quais, de maneira justa, a maioria do povo não quer se identificar. Por isso cresce a procura de camisas vermelhas da Seleção e até mesmo o aumento da venda do segundo uniforme da Seleção, o azul.
Essa situação só poderá ser revertida com a derrota dos golpistas. Enquanto isso, o povo brasileiro se prepara para torcer pela Seleção mesmo que seja com a camisa vermelha.
O futebol é uma conquista dos negros e da classe operária brasileira que transformaram esse esporte em uma arte. Foram os brasileiros, o povo brasileiro e não os coxinhas, que transformaram o futebol no esporte mais bonito do mundo. A esquerda e as organizações populares precisam defender a cultura do nosso povo e o futebol é a cultura mais popular do País, que a direita e o imperialismo querem destruir.
Ao contrário do que acredita o senso comum da esquerda pequeno-burguesa, torcer pela Seleção Brasileira é lutar pela nossa cultura, é lutar contra o imperialismo e lutar contra o golpe.
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