sexta-feira, 8 de junho de 2018

É preciso, e urgente, libertar a democracia desse país da clausura.

Lula, na liderança das greves históricas, fundamentais na reconquista da democracia.



Completam-se hoje (7) exatos dois meses que trancafiaram não um homem, mas um símbolo inconteste da democracia como forma real de igualdade, liberdade, dignidade, oportunidade e respeito para todos.
Por tudo que representou ­– e ainda representa – a prisão do ex-presidente Lula não se circunscreve apenas na sua flagrante ilegalidade e, por conseguinte, na sua inconstitucionalidade.
Sua prisão encarcera, sobretudo, a esperança por dias melhores de toda uma classe historicamente excluída, criminalizada e subjugada.
Encerra em si, a ideia de uma nação construída de baixo para cima, alicerçada em fundamentos republicanos, edificada com preceitos humanitários, fortificada pela égide legal e constitucional.
Defender a liberdade de Lula e o seu direito de participar das eleições significa, portanto, defender não só as garantias individuais de cada cidadão brasileiro, mas também a própria viabilidade do Brasil enquanto república soberana.
Enseja materializar o princípio constitucional que um dia nos garantiu ser o poder uma emanação do povo, pelo o povo, para o povo.
O seu sequestro, pois, representa o sequestro de todos nós, independente de cor, credo, gênero, classe ou orientação política e partidária.
Negar-lhe o direito de ser julgado pelo maior, mais plural e soberano tribunal do sistema democrático, a eleição, é deslegitimar por completo a expressão maior do ápice de nossa cidadania: o voto.
Definitivamente, não existe liberdade nesse país sem Lula livre e candidato.
Aceitarmos qualquer coisa diferente disso passivamente, como vassalos que se adequam caninamente a realidades injustas, significa atestarmos a nossa absoluta incapacidade de sermos os agentes transformadores de nosso próprio meio.
Seria a derrota final de uma guerra da qual abdicamos travar sua principal batalha.
Por tudo isso, é preciso, e urgente, libertar a democracia desse país da clausura.

Por Carlos Fernandes - DCM



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