segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Presidenciáveis vão às ruas. É a batalha pelo voto.




Por
 Orlando Brito

OS DIVERGENTES




A campanha eleitoral está nas ruas com todos os candidatos a presidente, a governador, ao Senado e às Câmaras de deputados federal e estaduais, a mil por hora. Porém, a disputa que mais atrai discussão e chama a atenção dos eleitores é a que vai escolher o brasileiro ou brasileira que assumirá o Palácio do Planalto no próximo dia primeiro de janeiro. Todos aproveitam as carreatas, caminhadas e comícios para ganhar o voto.

Muitos depositam expectativas no sucesso de suas aparições para o grande público nos programas de tevê no horário eleitoral do TSE, quando estes começarão a partir do dia primeiro de setembro. Na verdade, uns mais que outros porque o tempo destinado a cada um deles pode significar vantagens e desvantagens. Enquanto, isso vão à luta, em busca de votos no corpo a corpo.


Marina Silva, por exemplo, esteve em Diadema, bairro de São Paulo, para prestigiar uma companheira do partido, candidata a deputada. Vinha de Ipameri, em Goiás, onde foi conhecer a Fazenda Santa Brígida, modelo de produção agrícola e pecuária com emissão de baixo carbono. Falou do seu amor pela natureza e do respeito ao meio ambiente; da importância da agricultura familiar e da política de dignidade e respeito às mulheres. Disse sonhar com um Brasil campeão em produção sustentável. Bem de acordo com o programa da Rede Sustentabilidade.
Já Ciro Gomes dedicou parte do sábado a um encontro com jovens do PDT, em São Paulo. Num palco iluminado, respondeu a várias perguntas e falou por meia hora sobre suas propostas para quando chegar ao Palácio do Planalto. Dessa vez destacou plano para implementar redes sociais, acesso à Internet rápida no país inteiro e a criação de condições para que todos tenham computadores. “Mais tablets e menos armas”.  Antes da capital paulista, uma passagem pela capital do estado de Tocantins, terra de sua vice, a senadora Kátia Abreu.
Jair Bolsonaro dá prioridade ao interior de São Paulo. De quinta-feira até hoje, percorreu várias cidades. Participou de carreatas, caminhadas, visitas. Fez discursos em cima de carros de som, selfies e deu entrevistas. De Araçatuba a São José do Rio Preto, de Presidente Prudente a Glicério, sua cidade natal. Nesse fim de semana viajou para Catanduva e Barretos, onde se realiza anualmente a famosa do Festa de Peão de Boiadeiro.
Por onde passa, Bolsonaro é recebido por caravanas de admiradores. Em Catanduva não foi diferente. O candidato do PSL aproveitou para falar novamente de seus planos de governo. Repetiu que, se eleito, vai rever a reforma da previdência, promover sistema de escolas sem viés partidário e do combate à criminalidade com liberação de armas para produtores rurais. Antes da partida, uma pose com soldados e militares que apoiam sua candidatura.
Barretos, aliás, é destino certo para a grande maioria dos candidatos a Presidente. Na semana passada foi a vez de Henrique Meirelles, e nesses próximos dias, com certeza os demais. A plateia é variada e reúne produtores de gado, visitantes, artistas e, enfim, eleitores. Nenhum dos presidenciáveis abre mão de estar com o médico Henrique Prata, líder do importante Hospital do Câncer da cidade.
O tucano Geraldo Alckmin voou para Ribeirão Preto. Teve encontros com prefeitos e fez caminhada no centro da cidade. Voltou a falar da atenção que dará ao ensino básico. Repetiu, esperançoso, o que sempre diz sobre sua posição nas pesquisas: – Esses índices são somente uma fotografia do momento. E, mais uma vez relembrando o ex-governador de Minas Hélio Garcia, que a campanha só esquenta mesmo depois da parada do 7 de Setembro.  Sua candidata a vice, a senadora Ana Amélia, também saiu à caça de votos. Após ser condecorada em Porto Alegre com a Medalha do Exército Brasileiro, teve reuniões com líderes do PSDB gaúcho.
Fernando Haddad – enquanto não sai a decisão definitiva da Justiça sobre a candidatura de Lula, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena depois da condenação por corrupção – também percorre o país. Botou foco nos estados do Nordeste, onde o PT tem alta popularidade. Após fazer comícios e caminhadas em Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, chegou a vez de ir ao Maranhão. Acompanhado do governador Flávio Dino e de Manuela D’Ávila, subiu ao palanque em São Luís e na cidade de Viana. Nos discursos, não deixa de frisar o esforço para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconquiste o Palácio do Planalto.
Álvaro Dias fez campanha em Uberlândia. Visitou um orfanato com parceiros de partido, o Podemos, e deu entrevista a uma televisão do Triângulo Mineiro. Falou das suas 19 metas para mudar o Brasil, com destaque para o apoio às pequenas empresas, do projeto do primeiro emprego e da unificação de seis impostos.
Henrique Meirelles, como se tem visto, não apresenta boa performance nas pesquisas de intenções de voto para a Presidência da República. Credita-se o fraco desempenho à inexperiência de sua equipe de campanha. Ainda assim, faz algumas viagens e tímidas publicações nas redes sociais. João Amoêdo, do Partido Novo, também se movimenta. Entre suas preocupações está a luta para participar dos debates de tevê com os demais presidenciáveis.

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