domingo, 23 de setembro de 2018

Alckmin agressivo contra Bolsonaro e Haddad é aposta saideira dos tucanos.





OS DIVERGENTES


No debate promovido pelos bispos católicos na TV Aparecida, Geraldo Alckmin se destacou quando, deixando de lado o figurino de picolé de chuchu, partiu para cima de Fernando Haddad. Puxou a fila de candidatos que tiraram uma casquinha do estreante Haddad em debates presidenciais.

Foi uma aposta diferente. Por sua própria cabeça ou conselho de marqueteiros, Alckmin vinha mirando em Bolsonaro para se credenciar com o melhor adversário do PT no segundo turno presidencial. Centrava os tiros no campo da direita. Os números da última pesquisa Datafolha mostram que essa mira, por via oblíqua, pode estar atingindo o alvo errado.
Quem rejeita Fernando Haddad, a nova cara do PT na disputa pelo Palácio do Planalto, prefere apostar em Jair Bolsonaro para esse embate. Nada menos que 57% dos antipetistas optam pelo capitão nessa batalha. Só 8% atribuem esse papel a Alckmin, menos até do que os 9% em Ciro Gomes, com sua ginástica verbal de atacar Haddad e, ao mesmo tempo, preservar Lula.
A estratégia tucana de bater em Bolsonaro, antes tímida, agora frontal, como no programa eleitoral exibido na noite dessa quinta-feira, na propaganda na tevê, em que o capitão e o PT foram colados ao fracasso do chavismo na Venezuela. A eficácia dessa nova ofensiva será aferida nas próximas pesquisas eleitorais.
Nessa altura do jogo eleitoral, Alckmin parece carta fora de um baralho em que os favoritos são Bolsonaro, Haddad e Ciro Gomes.
Mas com essa nova e agressiva estratégia, divulgada em um latifúndio de tempo no rádio e na tevê, ele tem uma chance saideira de voltar ao páreo. Ou, então, com ataques a Bolsonaro e Haddad, ajudar a candidatura Ciro Gomes, Plano C do establishment.
A conferir.

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