terça-feira, 15 de janeiro de 2019

O 'pequeno presente' de Bolsonaro à Salvini: o fugitivo mais procurado da Itália pego depois de décadas em fuga.

(AFP)



O ministro do Interior italiano Matteo Salvini louvou o novo governo brasileiro pelo seu apoio ao extraditar o ex-militante comunista italiano, que esteve em fuga por quase 30 anos depois que quatro assassinatos foram cometidos nos anos 70.

Escrevendo em sua página no Facebook no domingo, Salvini agradeceu o recém-empossado presidente brasileiro de extrema-direita, Jair Bolsonaro, e seu governo por uma mudança no “clima político” que permitiu a prisão de Cesare Battisti e sua futura extradição para a Itália. “A diversão acabou”, ele adicionou, prometendo que Battisti encerraria seus dias na cadeia ao invés de ter uma “vida confortável na praia”.

Battisti, 64, foi detido no país vizinho Bolívia no sábado. Ele havia se estabelecido previamente no Brasil depois de ter garantido status de refugiado pelo ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. No entanto, ele desapareceu em dezembro depois da revogação de seu status e da emissão de seu mandado de prisão.

Preso em 1979 por ser membro do grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Battisti escapou em 1981 enquanto esperava julgamento sobre quatro assassinatos. Ele nega todas as acusações. Antes de seu período no Brasil, ele viveu na França e no México e teve uma carreira de sucesso escrevendo romances policiais.

Anunciando a captura no Twitter, um assistente de Bolsonaro disse no domingo que Battisti logo seria transferido para o Brasil antes de sua provável extradição para a Itália para ser julgado.

No entanto, uma declaração do governo italiano no domingo disse que um avião já havia sido enviado de Roma para coletar Battisti diretamente na Bolívia.

Durante sua campanha eleitoral, o ex-capitão do exército Bolsonaro reafirmou seu compromisso em extraditar o Battisti “amado pela esquerda brasileira” se fosse eleito, tuitando em outubro que o “Brasil merece respeito”.

Em um tuíte para Salvini da Itália, o filho político de Bolsonaro, Eduardo, escreveu: “O Brasil não é mais uma terra de bandidos. O ‘pequeno presente’ está chegando”.

*Publicado originalmente em rt.com/news | Tradução de Isabela Palhares 


Carta Maior


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