A ilustração que melhor define o que significa um BC independente, como defendem Marina e Aécio. Uma constatação pescada do último debate e das reproduções na mídia de depoimentos de integrantes das equipes econômicas de Aécio Neves e Marina Silva: a apologia da independência[?] do Banco Central. Uma assertiva que agrada aos agentes do mercado, satisfaz interesses do sistema financeiro e dá uma “polida” de modernidade ao país frente aos países desenvolvidos. Especialistas econômicos da grande imprensa se agitam e transbordam ao leitor suas expectativas positivas. Mas este tema tem passado ao largo de uma campanha despolitizada e mais centrada em fatos trágicos, messiânicos e personalistas. Na moita o tema vai sendo escondido no horário político, pouco explorado pela mídia ao grande público, mas bastante discutido no meio empresarial mais próximo do binômio neoliberalismo e sustentabilidade[?], em que se apresentam os candidatos do PSB e PSDB. Mas falta dizer, com clareza e isso precisa ser aprofundado pelas forças progressistas, independência de quem, caras pálidas? Se o Banco Central é parte integrante da política monetária do governo, de quem estaria livre para agir? Se do governo, surge outra questão: a quem estaria submetido ou dependente? É muito bonito o discurso de independência, soa moderno, nos eleva a categoria dos países desenvolvidos e civilizados. Mas o fato é que a tal propagada “independência” do Banco Central, nada mais é, tirando todos os enfeites pendurados no termo, que a total dependência da política monetária do país aos interesses do sistema financeiro, ou seja, de forma clara e objetiva: submissão aos ditames dos grandes bancos nacionais e internacionais. Não a toa uma integrante da família que controla o maior banco privado do Brasil, o Itaú, é conselheira de Marina. Agora, imagine uma provável divergência entre a equipe econômica do governo e a direção de um Banco Central independente sobre a adoção de taxas de juros altas para cumprir metas inflacionárias, que estariam sob responsabilidade do BC? Se o governo, com orçamento apertado para fazer investimentos, clamar por juros mais baixos para diminuir as remessas aos credores da dívida pública e aliviar suas contas, for desautorizado pelo arbítrio do presidente do Banco Central, que venha a defender mais cautela e juros mais altos? É a mais clara ilustração do lobo cuidando do galinheiro. O responsável pela moeda do Estado é quem vai dizer se o governo paga mais ou menos ao sistema financeiro, de quem o Banco Central estará mais próximo! É o fim a da competência dos organismos públicos para formular as políticas econômicas, privatizando esta gerência para entes privados! Considerando as presenças fortes de André Lara Resende, pela equipe de Marina, e Armínio Fraga, pelo time de Aécio, isto não seria uma mera suposição ou exercício de futurologia. A despolitização da campanha venda os olhos do eleitor sobre temas da mais alta importância para o arcabouço de país em curto/médio prazos. Este é apenas um exemplo de como a condução do embate eleitoral nas mídias tem sido irresponsável com seu dever de informar à sociedade assuntos relevantes e, mostra o esforço descomunal da imprensa em encobrir acordos já fechados que podem gerar imenso prejuízo ao povo brasileiro. Para pagar os juros da dívida o governo tem suas prestações indexadas pela taxa selic, que é decidida pelo Copom e dirigida pelo presidente do Banco Central. Logo, quanto mais alta for a taxa de juros, o governo tem que provisionar mais dinheiro em seu orçamento e retirar de áreas como a educação, saúde e moradia, para saldar seus compromissos. E quem paga a fatura é o cidadão brasileiro, que também é o eleitor quem decide se aceita ou não a concretização desta falácia. E aí caro eleitor, é o lobo o mais indicado para gerenciar o galinheiro? http:// |
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sábado, 30 de agosto de 2014
BC independente: é o lobo o melhor gerente do galinheiro?
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