segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PT X PSDB - MG


Eliano Jorge
 
Em visita às obras do Estádio Mineirão com Pelé, Dilma cumprimenta operários (foto: Roberto Stuckert Filho/PR/ Divulgação)
Gol contra, ninguém quer assumir. Para golaço, há uma porção de candidatos a autor. Como na decantada vantagem de Minas Gerais entre as sedes que se preparam para a Copa do Mundo de 2014. Tucanos e petistas têm se esforçado para assinar cada jogada desse placar favorável a Belo Horizonte. Compartilhar tabelinhas nem sempre vale a pena.
- Nos oito anos, o Aécio (Neves, governador entre 2003 e 2010 pelo PSDB) conseguiu rebatizar os programas e capitalizou as ações do governo federal em Minas. Ao mesmo tempo, não conseguiu articular para resolver os grandes gargalos do Estado. O que não foi feito, ele jogou na conta do grupo do governo federal. Resolvemos agora que não queremos relação política com o governador, queremos relação programática com o Estado - afirmou a Terra Magazine o presidente do diretório mineiro do PT, deputado federal Reginaldo Lopes.
Em 2006, um movimento não-oficial conjugou as campanhas de reeleição do presidente Lula e de Aécio, em detrimento de seus respectivos aliados nacionais e locais. Em 2010, o chamado "Lulécio" se repetiu com o "Dilmasia", que promoveu Dilma Rousseff para o Palácio do Planalto e Antonio Anastasia para o Palácio da Liberdade. Agora, há um novo esforço dos petistas para se desvincularem do governo a que fazem oposição.
- Não vamos deixar Anastasia e Aécio capitalizarem. Nós vamos capitalizar - prometeu Lopes, em relação às providências para a competição esportiva.
Quando elogia o estágio local de adequação às necessidades do Mundial de 2014, ele destaca a parcela que atribui ao seu grupo político:
- Está muito bem, Minas está muito avançada. A obra do Mineirão é toda financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), está indo muito bem, com uma antecipação de dois meses. As obras de infraestrutura de Belo Horizonte estão indo bem, com o Márcio Lacerda (prefeito do PSB), na aliança com o nosso governo do PT.
Os eventos de celebração dos 1000 dias que faltavam para a Copa, ocorridos sexta-feira (16), deixaram bem claras essas estratégias, que incluíram a presença de Dilma na sua terra natal.
- Aí há uma disputa. Por isso, achamos que a presidenta Dilma tem que ir ao (Estádio) Mineirão. Quem financia é o BNDES, quem tem ajudado é o governo federal. Queremos capitalizar também. Os viadutos, as infraestruturas, o BRT também são financiados a fundo perdido pelo governo federal, apesar de o governo Anastasia e Aécio tentarem dizer que Belo Horizonte é a mais avançada (sede do Mundial em preparação). Mais uma vez eles querem disputar essas obras - reclamou o dirigente petista.
Neste bloco de oposição local, Lopes listou PT, PMDB, PRB e PCdoB. Ele negou que a militância do seu partido tenha pressionado a agenda presidencial para se dissociar do governador tucano.
- Ela fez atividade dela, foi ao Mineirão com Anastasia. Anunciaram juntos as obras. Não tem problema em relação a isso. A gente manifestou que, nas atividades de relógio (da contagem regressiva) com Anastasia, jantar, a gente não iria, em solidariedade aos professores da rede pública, que estão em greve há 105 dias. Minas tem um piso salarial de R$ 369. Nós evidentemente íamos cumprir toda a agenda do anúncio do metrô, receber no aeroporto, não pedimos que a Dilma não fosse às atividades. Só fizemos um comunicado de uma posição política nossa. Atividades só do governo do Estado, a gente não se sentia à vontade, neste momento - disse Lopes, que garante ter abraçado a causa dos docentes.
Além de recorrer a quem ele chama de "presidenta mineira", Reginaldo Lopes critica o governo do Estado:
- Não fez o dever de casa. Minas está aquém da sua capacidade, cresceu abaixo da média nacional: 3,3%. O Brasil cresceu, em média, 3,6%. Acho péssimo porque, quando há crescimento nacional, os Estados maiores são os que mais crescem.
FONTE - TERRA MAGAZINE.
http://cezarcanduchopt13.blogspot.com
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