Está equivocada, no mínimo precipitada, esta conclusão noticiada hoje, de que o Planalto e o comando central da campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff consideram a situação eleitoral já consolidada, com a presidenta da República no 2º turno para enfrentar a candidata do PSB, Marina Silva, e o candidato da coligação demotucana, senador Aécio Neves (PSDB-DEM) já alijado da 2ª etapa da disputa.
Marina acabou de ser sagrada candidata a presidente, o horário de propaganda eleitoral no rádio e TV, sempre muito influente e decisivo começou há apenas 4 dias – na 3ª feira pp., até sem a candidata Marina – e é preciso esperar, no mínimo umas três semanas para ver um melhor e mais preciso delineamento do quadro eleitoral nacional.
É preciso esperar até depois do 7 de setembro. Não dá para cravar conclusões agora. É muito cedo para certezas, ainda que seja fato que Marina Silva ultrapassou, sim, Aécio Neves e, tudo indica, se consolidou no 2º lugar. E que a presidenta Dilma não perdeu nem tende a perder votos para ela. As pesquisas mostram que os votos de Marina vieram de Aécio e do contingente de indecisos, nulos e brancos.
Marina sai candidata e entra na campanha disposta a tudo.
Ela saiu candidata e entrou em campanha disposta a tudo. Já deixou claro na primeira fala e entrevista que assumirá todas as posições do falecido parceiro político Eduardo Campos. Assim, saiu da campanha e da disputa a Marina programática e entrou a pragmática. começando, até pela aceitação da autonomia do Banco Central (BC), que ela sempre foi contra e Eduardo era a favor.
A candidata – é só vocês conferirem no noticiário de hoje – começou bem beijando a mão de seus financiadores, do capital financeiro bancário representado pelo Itaú, que neste caso específico, e como nossa mídia, vai substituindo os partidos de oposição. Candidata oficializada, Marina tenta acalmar o mercado e pela escolha de seu vice, Beto Albuquerque, até o agronegócio, já que seu novo companheiro de chapa vem e é ligado a esta área. Então, sai a Marina sonhática e entra a Marina que aderiu à “vida real”.
A questão agora é ver se daqui pra frente ela vai avançar sobre os votos da presidenta Dilma, que deve crescer tanto pela melhora da avaliação do seu governo e da sua imagem, quanto pelo início da campanha – e esta não apenas no rádio e TV, mas também com a entrada em campo, na campanha, dos candidatos a governador, senador e deputado estadual e federal.
Um dado é inconteste: a candidatura Aécio se esvazia.
Um dado é inconteste: Aécio sim, deve se preocupar e parece mesmo em desespero, já que promete de tudo aonde quer que vá em campanha, jogando no lixo a retórica, o discurso e as propostas de seus assessores e economistas que estão ao seu lado.
Pelo que já prometeu, caso se elegesse ele ia aumentar, e muito, os gastos e reduzir muito a arrecadação. Tudo indica que ele, sim, perde votos e muito para Marina Silva no Sudeste – até mesmo em seu próprio Estado e reduto político-eleitoral, as Minas Gerais. Já a presidenta Dilma . Dilma, com a entrada de Marina na disputa, tende a se beneficiar no Sudeste e, onde se mantém muito na frente, no Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país.
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domingo, 24 de agosto de 2014
É cedo para considerar consolidado o quadro eleitoral nacional.
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