sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Lula e Dilma: mais alunos nas universidades e mais eleitores graduados

Pela primeira vez na história número de eleitores com nível superior supera o de analfabetos


Pela primeira vez na história número de eleitores com nível superior supera o de analfabetos…

...E isto se deu a expansão recorde do ensino superior no período de 2003 a 2012

…E isto se deu a expansão recorde do ensino superior no período de 2003 a 2012 [clique na imagem para ampliar]

Duas notícias recentes sobre aumento da escolaridade do eleitor e recorde de alunos matriculados no ensino superior, se complementam e são evidências inequívocas do incremento do investimento em educação superior no Brasil.
Pela primeira vez na história do país o número de eleitores com nível superior completo supera o de eleitores analfabetos, conforme divulgou a  EBC em seu portal:

“Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que dos 142,8 milhões de eleitores aptos a votar no pleito de outubro, 5,6% (8 milhões) terminaram a graduação – 2,8 milhões de pessoas a mais que nas eleições de 2010.

O número de pessoas com superior incompleto também subiu em relação a 2010 – aumentou em 1,5 milhão, passando de 2,7% para 3,6%. O número de 
cidadãos com ensino médio completo aumentou em 5,9 milhões de pessoas, de 13,1% para 16,6%. Já os eleitores com ensino médio incompleto teve um incremento de 1,8 milhão de pessoas, de 18,9% para 19,2%.

Em contrapartida, o número de analfabetos e dos que apenas leem e escrevem (analfabetos funcionais) diminuiu. São cerca de 700 mil analfabetos a menos que na eleição de 2010, passando de 5,8% dos eleitores para 5,1%. No caso dos analfabetos funcionais, são 2,5 milhões a menos no pleito de 2014, de 14,5% do eleitorado para 12%.”

Em quatro anos o número de portadores do título de eleitor com graduação completa foi acrescido de um contingente de 2,8 milhões de pessoas, já o número de analfabetos recuou em 700 mil.

Mas isso não é obra do acaso.

Segundo o Censo da 
Educação Superior divulgados pelo Ministério da Educação em setembro de 2013, o país passou a ter em 2012 mais de 7 milhões de alunos nas universidades.

Em apenas 1o anos, 2003/2012, o Brasil abriu cerca de 3,5 milhões de novas 
vagas no ensino superior

O que significa este número?

Que os governos Lula e Dilma aumentaram, significativamente, os investimentos em educação e conseguiram criar o mesmo número de vagas nas faculdades do que em toda a história do país.

Sendo bastante claro: em 10 anos o patamar alcançado de novos matriculados foi o mesmo que o Brasil criou, considerando apenas o período de nossa amigável independência, igualou um escore que demorou 180 anos para ser alcançado!

Em 2002 cerca de 3,5 milhões cursavam algum curso de graduação. Em 2012 esse número praticamente dobrou!

Segundo dados divulgados pelo 
INEP, “as instituições federais representam 57,3% da rede pública de educação superior” e superaram a marca de 1 milhão de novos estudantes em 2012:

“Os 7.037.688 alunos matriculados em cursos de graduação no Brasil estão distribuídos em 31.866 cursos, oferecidos por 2.416 instituições — 304 públicas e 2.112 particulares. O total de estudantes que ingressaram no ensino superior em 2012 chegou a 2.747.089. O número de concluintes, a 1.050.413.

As universidades são responsáveis por mais de 54% das matrículas. As faculdades concentram 28,9%; os centros universitários, 15,4%; as instituições federais de educação tecnológica, 1,6%.

No período 2011-2012, o número de ingressantes nas instituições de educação superior cresceu 17,1%. Com taxa média de crescimento anual de 8,4% nos últimos dez anos, a rede federal registrou aumento no número de ingressantes superior a 124% entre 2002 e 2012. A rede já participa com mais de 60% dos ingressos nos cursos de graduação da rede pública.”

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Em dez anos o número de alunos cursando uma graduação em UMA UNIVERSIDADE pública quase dobrou

Nas universidade federais, que representam mais da metade de vagas públicas, o aumento foi de quase 100%


Nas universidade federais, que representam mais da metade de vagas públicas, o aumento foi de quase 100%

Segundo este mesmo estudo, o Nordeste passou a ser a segunda região do país em número de universitários, ultrapassando o Sul e ficando a trás apenas do Sudeste, conforme publicação da 
Unicamp:

“O ensino superior continua concentrado no Sul-Sudeste do Brasil, com as instituições dessas duas regiões respondendo 65% do total de matrículas. Mas o Censo 2010 mostra que o Nordeste já tem mais estudantes de nível superior que o Sul: em 2001, essas duas regiões respondiam 15,2% (Nordeste) e 19,8% (Sul) das matrículas. Em 2010, a proporção era 19,3% e 16,4%, respectivamente. Norte e Centro-Oeste também avançaram alguns pontos porcentuais.”

Este avanço é resultado direto dos investimentos do governo. A criação de novas universidades federais e de novos campus avançados Brasil adentro contribuíram, decisivamente, para que este resultado fosse alcançado tão rapidamente. O 
 G1 teve que admitir em SEU SITEG1 que tal evolução era proveniente do esforço governamental:

“As ações do governo federal para expandir a oferta de vagas nas universidades federais começaram em 2003 e foram oficializadas em 2007, com a instituição do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Desde então, o número de universidades federais subiu de 45 para 59, privilegiando as regiões interioranas dos estados.”

Os dois fenômenos apresentados, aumento de eleitores com nível superior e o crescimento vigoroso de vagas nas universidades em um período de dez anos, não ocorreu de maneira espontânea, não é obra da natureza.

Estes dados são sinais evidentes do acerto de uma política pública em educação e para isso foi preciso expandir o orçamento da Ministério da Educação de R$18 bilhões em 2002 para R$112 bilhões em 2014, crescimento real de 223%.

Se considerarmos que estes valores devem crescer ainda mais, devido a nova lei dos royalties do pré-sal, o país pode dar um salto qualitativo em produtividade nas próximas décadas.

Como ponto crucial na comparação do antes e depois, é preciso dizer, com a maior clareza possível, que o país caminhava para dificultar o acesso dos jovens a universidade pública até 2002, falava-se abertamente e esta discussão chegou a ser iniciada pelo ministro da educação de FHC, Paulo Renato, de uma cobrança monetária de matrículas nas instituições federais de ensino superior. Um dado importante é que durante o governo do PSDB o número de universidades públicas caiu de 210 em 1995, para 195 em 2002.

Mas é preciso, também, reforçar o discurso trabalhista: não há caminho para o desenvolvimento e a construção de uma nação soberana sem investimentos maciços em educação, do básico a universidade.

Quem diz que o governo faz gastos em educação não tem interesse que o país trilhe um caminho de independência, econômica, cultural e tecnológica. Com tal afirmação entendem e tentam fazer aos demais entenderem também desta maneira, que o Estado não tem que se preocupar com o ensino superior, pois o mercado dá conta do recado sozinho.

Esta balela foi vencida no final dos anos 1990, mas volta e meia ressurge nos meios político e acadêmico.

A educação é a porta de saída das crises e rumo certo para o desenvolvimento, o que for dito contrário não é sério. Geralmente é proferido por quem possui pós graduação, mas defende interesses que atacam a soberania do país.

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