terça-feira, 2 de setembro de 2014

Professores estaduais debatem situação caótica em Minas.



Reunidos em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, mais de 2 mil profissionais da área reclamam da falta de diálogo com o governo estadual e recebem com festa o candidato a governador Fernando Pimentel (PT).

Belo Horizonte (31 de agosto) – A situação da educação pública em Minas é precária, os professores estão desmotivados, as escolas não tem estrutura e o governo do estado tem se negado a dialogar com a categoria.

Essa foi a principal conclusão da VII Conferência Estadual de Educação, promovida ontem e hoje pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que reuniu cerca de 2 mil educadores em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Com o tema “Uma outra Educação para Minas é possível”, o encontro contou com a participação do candidato a governador pela coligação Minas Pra Você, Fernando Pimentel (PT), que foi recebido com festa no evento, do deputado estadual Rogério Correia (PT), pesquisadores da área, representantes de movimentos sociais e professores de todas as regiões do estado.

Segundo Pimentel, a situação realmente é crítica. “A educação em Minas está muito ruim. Basta conversar com qualquer professor da rede estadual de ensino e a gente recolhe o verdadeiro retrato da educação de Minas, que é muito diferente da propaganda que o governo do estado faz”, disse o candidato.

Segundo ele, é preciso valorizar a categoria com o pagamento do piso nacional e revitalizar as escolas.

“Os professores estão mal remunerados, desvalorizados, desmotivados, as escolas estão sem equipamentos, sem condições de trabalho adequado para os professores e há um índice de evasão de alunos muito alto, especialmente no ensino médio”, frisou.

Pimentel reforçou o que pretende fazer no setor, se eleito.

“Vamos pagar o piso nacional, reformular a carreira de professores, valorizar o magistério, reequipar as escolas e dar aos mineiros e mineiras a educação de qualidade que eles merecem”, afirmou.

Durante a conferência, foram debatidas questões de políticas pedagógicas, estruturais e ligadas à situação dos trabalhadores do setor. A insatisfação com o governo atual deu o tom do encontro e norteou as discussões sobre as condições de trabalho dos professores e a ineficiência dos programas do governo estadual na área.

“A educação mineira está um caos em vários aspectos. Desde a situação do profissional, que não tem piso salarial e nem política de carreira, até as condições de trabalho. Hoje, um professor que começa no estado recebe a mesma remuneração de quem tem 20 anos de serviço”, disse Beatriz Cerqueira, coordenadora geral do Sind-UTE.

A falta de estrutura das escolas foi outro tema do debate. “Um estudo do Dieese demonstrou que falta estrutura na maior parte das escolas. Estamos numa situação crítica: mais de 600 escolas estaduais não têm sequer saneamento básico”, contou.

As dificuldades relatadas pela coordenadora do sindicato, referentes à falta de estrutura e baixa valorização dos profissionais, são vivenciadas no dia a dia de grande parte do educadores em todas as regiões do estado.

“Falta todo tipo de material pedagógico. Os computadores não funcionam nos laboratórios de informática. Os professores não têm recursos didáticos e as condições necessárias para exercer o seu trabalho com qualidade. As salas estão lotadas. Quando queremos desenvolver um projeto próprio, da escola e de interesse da comunidade, não temos apoio nenhum”, contou Carlos Alberto Athayde Morais, professor da rede estadual de Montes Claros há 22 anos.

Segundo Morais, os profissionais que denunciam as falhas são perseguidos pelo governo. “Somos perseguidos por estarmos denunciando as mentiras que o governo fala da educação e por lutarmos por salários mais dignos”, afirmou.

A mesma situação é denunciada pelo educador Paulo Henrique Santos Fonseca, de Belo Horizonte. Segundo ele, os baixos salários obrigam os professores a buscar outros empregos, o que acaba afetando a qualidade do ensino oferecido aos alunos.

“O professor é obrigado a estar em mais de uma rede ou em mais de um trabalho. Isso impede que ele tenha uma preparação adequada e acaba prejudicando sua própria saúde”, explicou.

A estrutura física também foi apontada por Fonseca como um grande empecilho ao trabalho. “As escolas não têm quadras, refeitórios e bibliotecas. Este governo é do marketing e da propaganda. Se você visitar a escola, verá que a realidade não é nada disso que está sendo apresentado na TV”, disse.

A falta de diálogo da categoria com o governo estadual também foi apontada pelos participantes do encontro como um grande entrave.

“A secretaria publica resoluções determinando o cotidiano da educação sem nenhum diálogo com quem está dentro da escola, seja o professor, o aluno ou os pais dos alunos”, afirmou Beatriz.

A falta de acesso dos educadores ao governo também impressiona a professora de Ipatinga, Feliciana Saldanha, que está há 27 anos na rede estadual. “O governo negligencia todas as nossas reivindicações e faz o que bem entende. Não negocia”, contou.

Ensino técnico e recursos federais.

Um dos temas de debate da conferência foi o Programa Reinventando o Ensino Médio, do governo do estado, que se propõe a oferecer um sexto horário com formação profissional e tecnológica aos estudantes.

Segundo os educadores, o programa não funciona na prática, porque as escolas não têm estrutura para isso e os educadores não tiveram treinamento adequado.

“O Reinventando o Ensino Médio é uma pseudoformação para um trabalho, que não atende nem o interesse imediato das empresas”, relatou Paulo Henrique Santos, educador da rede.

Segundo o deputado Rogério Correia (PT), o Reinventando não dialogou com o Pronatec, programa do governo federal que oferece ensino profissionalizante e, por isso, perdeu vagas no estado.

“Aqui em Minas não tivemos um convênio forte com o Pronatec, que possibilitasse às escolas estaduais avançar no sentido da educação profissional. O governo estadual inventou o Reinventando o Ensino Médio, sem adaptar escolas e professores para isso. Só levou a um cansaço maior de alunos e professores. Foi algo para substituir o Pronatec e fazer propaganda na televisão”, afirmou o deputado.

“Nossa expectativa é a eleição do Pimentel para reorganizar o ensino e libertar os professores deste autoritarismo que existe em Minas na educação”, ressaltou Correia.


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Nota à Imprensa da Coligação Minas Pra Você.



Após as pesquisas de intenção de voto apontarem que Fernando Pimentel lidera com folga em todos os cenários, a campanha de Pimenta da Veiga inaugura uma fase lamentável de baixarias e mentiras.

O candidato a governador do PSDB, Pimenta da Veiga, atribuiu neste domingo, (30), ao governo tucano a responsabilidade pela construção do Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Belo Horizonte.

O povo de Minas não é bobo. A verdade sempre há de prevalecer em nosso estado.

A verdade é que a recuperação da Santa Casa, também feita na gestão Pimentel, precedeu o processo do CEM e permitiu a parceria entre a Prefeitura e a entidade filantrópica.

O prédio do Cardiominas havia sido doado como esqueleto à Santa Casa, portanto, falar do prédio como contrapartida do Estado é faltar com a verdade.

Quando da construção do CEM, em 2007, Pimenta da Veiga estava bem longe de Minas Gerais, morando em Brasília e Goiás, onde passou os últimos 20 anos. Pimenta fazia parte do governo de José Roberto Arruda, do Distrito Federal. Arruda foi o único governador preso pela Polícia Federal durante o exercício do seu mandato por corrupção.

Aos fatos:

1) O CEM foi inaugurado em 2007 sob a gestão de Fernando Pimentel na Prefeitura de Belo Horizonte. Coube ao então prefeito Pimentel, hoje candidato a governador pela coligação Minas Pra Você e líder em todas as pesquisas eleitorais, tomar a iniciativa política e chamar para si a responsabilidade de construir o CEM, que hoje é referência e modelo de sucesso na Saúde do estado;

2) Ao chamar para si a responsabilidade pelo CEM e recuperar a Santa Casa de BH, inativa e abrigada na ruína do Cardiominas, o então prefeito da capital demonstrou duas coisas: (1) capacidade de se articular em todas as esferas de poder, sempre em benefício da população; (2) coragem para solucionar um problema que, até então, ninguém havia resolvido.

3) O governo do estado aproveitou a iniciativa de Pimentel para destinar parte do CEM ao atendimento do Ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Minas Gerais). O restante do CEM até hoje trabalha com o SUS, gerido pela Secretaria Municipal de Saúde;

4) Como neste caso, talvez por má-fé, Pimenta já demonstrou diversas vezes que não conhece Minas Gerais. Em debate realizado com candidatos a governador pela Rede Bandeirantes no dia 8 de agosto, o tucano assegurou que Teófilo Otoni e Governador Valadares ficam no Norte de Minas. Mais recentemente, disse que faria uma obra de barragem em Buritizal. Só se esqueceu que Buritizal fica em São Paulo.

A coligação Minas Pra Você lamenta que, desesperado pelos maus resultados na pesquisa, o candidato Pimenta da Veiga tenha partido para ataques pessoais.

Coligação Minas Pra Você.



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“Os mineiros escolhem seu voto com consciência”, diz Pimentel.



No Sul de Minas, candidato a governador pela coligação Minas Pra Você diz que estado não tem “dono” e que pretende continuar fazendo uma campanha de alto nível e sem baixarias, ao contrário dos adversários.

Varginha – (1º de setembro) – O candidato a governador pela coligação Minas Pra Você, Fernando Pimentel (PT), reafirmou hoje, em Varginha (Sul de Minas) seu compromisso com uma campanha lastreada em propostas para o estado e debates de alto nível.

Segundo Pimentel, que lidera até o momento todas as pesquisas de intenção de voto para governador, os mineiros e mineiras merecem respeito por parte dos candidatos.

“Costumo dizer que Minas Gerais não tem dono, não tem rei, não tem imperador, não tem ninguém que vote pelo mineiro e nem mande no voto do mineiro. Não adianta vir aqui e dizer que vocês vão votar em fulano ou ciclano. O mineiro escolhe o seu voto com consciência, sabedoria, e sabe fazê-lo bem”, frisou o candidato.

Pimentel garantiu que sua campanha continuará ouvindo as pessoas e apresentando boas propostas de governo.

“Estamos fazendo uma campanha propositiva, sem baixaria, sem agressão, apresentando boas propostas, ouvindo as pessoas, que é o mais importante. E construindo um programa de governo que, no final, não vai ser meu e nem da minha coligação, mas de toda Minas Gerais”, frisou.

O candidato esteve em Varginha acompanhado pelo candidato ao Senado, Josué Alencar, do PMDB (filho do ex-vice-presidente José Alencar), pelo deputado federal Odair Cunha (PT) e lideranças da região, como o vereador e presidente do PT municipal, Rogério Bueno, e da presidente do PMDB de Varginha, Ana Maria Piva.

Recebido com festa por centenas de apoiadores no aeroporto, Pimentel fez uma caminhada na Praça Getúlio Vargas, onde se encontrou com moradores e comerciantes.


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Para Pimentel, carga tributária de Minas cria empregos em São Paulo.



Candidato da coligação Minas Pra Você diz que impostos no estado afastam empresas, que preferem se instalar em estado vizinhos, como São Paulo.

Varginha e Guaxupé (1º de setembro) – A carga tributária de Minas é uma das mais altas do país e está afastando empresas do estado, que preferem se instalar em São Paulo e, lá, gerar empregos e renda.

Foi o que disse hoje o candidato a governador pela coligação Minas Pra Você, Fernando Pimentel (PT), que esteve nas cidades de Varginha e Guaxupé, no Sul de Minas. Pimentel estava acompanhado pelo candidato ao Senado, Josué Alencar (PMDB).

“A carga tributária tem de ser reduzida em Minas. Temos algumas das maiores alíquotas de ICMS do país, principalmente em energia elétrica e combustíveis. Aqui mesmo no Sul de Minas tenho visto carros cruzarem a fronteira com São Paulo para abastecer”, disse o candidato em Guaxupé.

Segundo ele, a legislação tributária de Minas é a pior do Brasil.

“A carga tributária afasta empresas do estado, que preferem se instalar em São Paulo. O ICMS de Minas Gerais, portanto, gera emprego e renda em São Paulo. Isso tem de ser mudado”, garantiu.

Pimentel disse que pretende criar o Conselho Estadual de Tributação, que seria formado por representantes da sociedade, empresários e advogados tributaristas, que trabalhariam para rever a legislação mineira. “Faremos isso já no começo do governo. A legislação tem de ser revista”, garantiu.

O candidato participou, em Guaxupé, da inauguração de um comitê de campanha e caminhadas pelo centro da cidade.

Em Varginha, Pimentel também assumiu o compromisso de duplicar o pequeno trecho de estrada que liga a cidade à Rodovia Fernão Dias.

“É um trajeto curto da Fernão Dias até Varginha, que até hoje não foi duplicado. Essa simples ligação não é tão cara, é uma obra importante e não foi feita. Então, nós vamos fazer”, garantiu.

Pimentel assegurou que, se eleito, vai trabalhar em estreita parceria com o governo federal para melhorar as rodovias mineiras. “Vamos ter uma parceria muito estreita com o governo federal e acompanhar de perto os programas de duplicação, as concessões que foram feitas e os programas do PAC, coisa que o governo do estado não fez nestes 12 anos”, disse.

Segundo o candidato, o governo tucano sempre rejeitou o diálogo com o governo federal.

“Eu conversei muito, quando era ministro, com o Ministério dos Transportes, e eles sempre me diziam que o governo do estado jamais os procurou levando um projeto, um programa, uma sugestão de integração entre rodovias federais e estaduais. Isso nunca foi feito. Mas nós vamos fazer”, garantiu.

Governo regionalizado.

O candidato reforçou sua proposta de um governo regionalizado para suprir as particularidades de cada município, principalmente em relação à saúde, educação e segurança. A questão da segurança, por sinal, é uma das principais preocupações de Pimentel.

“Vamos fazer um projeto de segurança regionalizado, já que as necessidades das regiões são diferentes. Nós não podemos fazer o mesmo tipo de policiamento no Sul de Minas e no Norte de Minas. Vamos ter um projeto de segurança que vai se chamar Polícia Presente, com medidas específicas para cada área do estado”, disse.

O candidato já assumiu compromisso com o aumento do efetivo da Polícia Militar, a valorização da carreira de delegado e o reaparelhamento das polícias, como viaturas e armamento. Já o Polícia Presente é um programa de polícia comunitária, que aproxima o policial da comunidade onde atua.

O vereador Rogério Bueno afirmou que Varginha está abandonada e que o governo regionalizado, conforme proposta de Pimentel, é a melhor solução para os problemas da região.

“O governo atual centraliza as decisões e ações em Belo Horizonte e faz disso uma vitrine para todo o estado. Mas isso não adianta. A gestão tucana, por exemplo, não investe no hospital regional da cidade, e com isso a prefeitura é que tem que se virar para repassar recursos, além de ter que manter o hospital municipal”, afirmou.

http://www.ptmg.org.br/

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