terça-feira, 23 de setembro de 2014

Proximidade da eleição estreita “margem de erro” das pesquisas.




Por volta das 13 horas de 22 de setembro de 2014, o índice Bovespa caía quase 2 por cento. Segundo o site “Infomoney”, que se notabilizou nos últimos meses por provocar grandes movimentos de compra e venda de ações conforme Dilma Rousseff sobe ou cai nas pesquisas, a causa seria “rumor” sobre novas pesquisas eleitorais.

O que o infomoney diz não é bem assim. Aécio estaria tirando pontos de Marina e Dilma estaria “estável”. A informação que o Blog obteve, porém, foi outra. Sondagens internas dos partidos estariam apontando crescimento de 5 pontos de Dilma sobre Marina no segundo turno, apesar de Aécio ter se aproximado um pouco mais da segunda colocada nas pesquisas.
As pesquisas dos próximos dias tendem a apresentar situações cada vez mais confortáveis para Dilma. Simplesmente porque a margem de manobra para usar a nossa velha conhecida “margem de erro”, está se estreitando.
A opinião deste Blog, vale explicar, é a de que tem havido manipulações de pesquisas em favor de Marina Silva e Aécio Neves e contra Dilma. E o que é pior: fora da margem de erro.
As recentes melhoras de Dilma nas pesquisas se devem a que as manipulações voltaram à margem de erro – até então, eram maiores. Assim, como a proximidade da eleição torna muito mais arriscado “mexer” nos números, aquela manipulação se restringirá a margem que permita a quem a usa dizer que errou dentro do “aceitável”.
Nas pesquisas desta semana, ainda pode haver uso da margem de erro, mas será mais para tentar levar a Aécio ao segundo turno do que para deprimir as intenções de voto de Dilma. A partir da semana que vem, contudo, os institutos de pesquisa terão muito menos condições de ajudar ou prejudicar candidatos.
Manipulação mais forte contra Dilma, agora, só se a perspectiva de vitória no primeiro turno aumentar mais. Aí, as pesquisas irão para o tudo ou nada. Se der errado e o “pior” acontecer, Ibopes e Datafolhas atribuirão tudo a “guinada de última hora do eleitor”. Ninguém acreditará, mas já não importará mais.


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Credit Suisse traça ¨perfil ideológico¨ e ¨Panorama político¨do Brasil.




Da Wikipedia
Credit Suisse Group é um banco suíço de investimentos sediado em Zurique, Suíça (…) Em 1998, o Banco de Investimentos [brasileiro] Garantia S.A. foi adquirido pelo Credit Suisse First Boston – um dos líderes entre os bancos de investimentos, estabelecido no Brasil desde 1990, com foco em operações de Investment Banking – e passou a ser denominado Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston Garantia S.A. (CSFB). Em 16 de janeiro de 2006, as operações globais do Credit Suisse foram unificadas sob uma mesma marca, e a razão social do CSFB passou a ser Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Em dezembro de 2008, o Credit Suisse foi classificado pela Fitch Ratings com os mais altos ratings obtidos por instituições financeiras no Brasil (…)”
Recentemente, o Blog recebeu de fonte do mercado financeiro que prefere não se identificar um relatório curioso do banco suíço Credit Suisse – instituição cujas operações no Brasil estão explicadas no trecho de sua página na Wikipedia reproduzido acima. Esse relatório tem sido enviado a investidores.
O documento de 86 páginas é datado de 2 de setembro último e, segundo diz no preâmbulo, propõe-se a “Traçar um panorama do cenário político do Brasil, com ênfase nos aspectos institucionais das eleições e nas perspectivas para os resultados que sairão das urnas em outubro. O objetivo é guiar o leitor no processo eleitoral”.
Em princípio, parece difícil entender por que razão um banco de investimentos se daria a “guiar o eleitor no processo eleitoral”. Seria qualquer “eleitor” ou só os que mantêm negócios com a instituição? Como o banco alega que seu relatório se destina “ao eleitor”, se for verdade exclui quem não vota no Brasil, ou seja, seus controladores ou gestores estrangeiros.
Nota que figura ao pé de cada uma das 86 páginas do documento responde (?) às questões levantadas no parágrafo anterior.
Este boletim foi preparado pelo Credit Suisse, em seu nome e em nome das empresas ligadas ao grupo Credit Suisse é distribuído a título gratuito, com a finalidade única de prestar informações ao mercado em geral. Apesar de ter sido tomado todo o cuidado necessário de forma a assegurar que as informações aqui prestadas reflitam com precisão informações no momento em que as mesmas foram colhidas, a precisão e exatidão de tais informações não são por qualquer forma garantidas e o Banco por elas não se responsabiliza. Este boletim é fornecido apenas para a informação de investidores profissionais, os quais, entende-se, deverão tomar suas próprias decisões de investimento, sem se basear neste boletim, não aceitando o Banco responsabilidade, de qualquer natureza, por perdas direta ou indiretamente derivadas do uso deste boletim ou do seu conteúdo. Este boletim não pode ser reproduzido, distribuído ou publicado por qualquer pessoa, para quaisquer fins
Seja como for, o documento é um dos mais completos compêndios sobre a política brasileira publicado recentemente. Atualizadíssimo, além de explicar o funcionamento do nosso sistema político, também pretende explicar o “perfil ideológico” de nosso povo.
Para tanto, o Credit Suisse usa dados do Tribunal Superior Eleitoral sobre o eleitorado brasileiro e uma pesquisa do instituto Datafolha de outubro de 2013 sobre o “perfil ideológico” desse eleitorado.
Confira, abaixo, o trecho do relatório do Credit Suisse que trata da ideologia de nosso povo.


Esse “perfil ideológico” apurado pelo Datafolha não teve muita divulgação mesmo na Folha de São Paulo, dona do instituto de pesquisa. Mas permite tirar uma conclusão importantíssima sobre o eleitorado brasileiro: é de direita nos costumes, mas de esquerda na economia. Tal fato explica muita coisa tanto sobre esta eleição quanto sobre as anteriores.
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Para baixar a versão integral (em PDF) do “panorama político e ideológico” do Credit Suisse, clique aqui

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