quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Gilmar não terá última palavra sobre direito de resposta do PT contra Veja.



No último dia 25 de setembro, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidiram, por unanimidade, que a reportagem “PT sob chantagem”, publicada na capa da edição de 13 de setembro da revista Veja, veiculou conteúdo ofensivo ao partido.
A revista afirmou um pseudo fato que investigações da Polícia Federal não comprovaram, ou seja, que o PT pagava o doleiro Enivaldo Quadrado para não trazer à tona suposto envolvimento do partido com desvios na Petrobras.
De acordo com a decisão do TSE, por conta de falta de provas Veja foi condenada a publicar em sua próxima edição uma página de direito de resposta a ser redigido pelo PT. Essa próxima edição seria a do próximo sábado, véspera das eleições em 1o turno.
Imediatamente após a condenação, os advogados de Veja protocolaram no STF a reclamação Rcl 18735. O protocolo foi feito no dia 29 do mês passado e, no mesmo dia, a reclamação foi distribuída, ou seja, foi entregue aos cuidados do ministro Gilmar Mendes.
Para quem chegou agora de Marte e não sabe, Mendes é um dos ministros do STF indicados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no apagar das luzes de seu mandato, em 2002, e, dali em diante, tem se notabilizado por criticar duramente o PT em declarações à imprensa e por tomar decisões invariavelmente contrárias ao partido.
Apesar de, no início da tarde de quarta-feira 1º de outubro, ainda não ter sido proferida a decisão de Mendes, já é dado como certo que ele suspenderá a decisão do TSE.
Se as previsões se confirmarem, o direito de resposta do PT, que deveria ser publicado na edição da revista Veja que chegará às bancas de jornal no próximo sábado, a menos de 24 horas das eleições em primeiro turno, não será publicado.
Contudo, o caso não termina aí. Se Gilmar Mendes seguir o script que está sendo traçado pelos analistas políticos e decidir mais uma vez contra o PT, o partido poderá pedir que uma das turmas do STF (composta por metade do colegiado) tome a decisão final.
Devido à unanimidade da decisão do TSE, devem ter sido fortes as razões daquele colegiado para conceder direito de resposta ao PT. Sendo assim, dificilmente a turma do STF que for dar a última palavra sobre o assunto divergirá da decisão da Corte eleitoral.
Como é óbvio que a matéria de Veja que o TSE condenou visou interferir na eleição presidencial, caso essa eleição não termine em 1o turno é provável que a revista venha a ter que conceder no 2o turno o que Gilmar Mendes terá tentado impedir.

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/10/gilmar-nao-tera-ultima-palavra-sobre-direito-de-resposta-do-pt-contra-veja/


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Vantagem da oposição sobre Dilma no 1º turno caiu de 18 para 7 pontos.



A opinião pública foi surpreendida na última quarta-feira (1/10) por uma “análise” esdrúxula de diretores do Datafolha relativa à série de pesquisas desse instituto sobre a sucessão de Dilma Rousseff. O texto foi publicado na Folha de São Paulo.
Segundo matéria assinada pelo diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, e pelo diretor de pesquisas, Alessandro Janoni, a “chance de 2º turno” entre Dilma e um candidato de oposição seria “cada vez maior”.
Confira, abaixo, a matéria

A tese dos diretores do Datafolha é maluca. Eles alegam que, como da penúltima pesquisa (dias 25 e 26 de setembro) para a última (dias 29 e 30 de setembro), em simulação de 1º turno houve afluxo de 2 pontos para Aécio (dentro da margem de erro), e como Dilma, apesar de ter chegado a 40% na penúltima pesquisa, nesta última não teria subido, a possibilidade de haver segundo turno seria “cada vez maior”.
Outro fator a que os “analistas” do Datafolha se apegam é o de que Aécio subiu 4 pontos em São Paulo – agora, fora da margem de erro. Como Dilma, na sondagem dos dias 29 e 30, não subiu, a chance de haver segundo turno estaria “aumentando”.
Será?
Vejamos gráfico sobre a vantagem dos candidatos de oposição sobre Dilma no 1º turno desde a primeira pesquisa da série Datafolha com Marina Silva incluída, que o instituto começou a apurar a partir de 15 de agosto, dois dias após a morte de Eduardo Campos.

De acordo com a série do Datafolha, em cerca de 30 dias (de 28 de agosto a 30 de setembro) a diferença entre a soma das intenções de voto dos candidatos de oposição e as intenções de voto de Dilma caiu de 18 para 7 pontos.
Ora, de onde é que os dois diretores do Datafolha tiraram essa história de que a chance de segundo turno é “cada vez maior”? Pela matemática que me ensinaram, os números mostram que essa chance é cada vez menor. Alguém tem alguma dúvida?


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