Uma “pérola” a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, feita durante visita à Arábia Saudita e divulgada hoje por toda a mídia, na qual ela fala sobre direitos humanos. Obama deixa claro, passa o recibo de que direitos humanos, lutar por eles, para que sejam respeitados, sim… mas, para os Estados Unidos isso depende dos interesses do país, muitos dos quais se sobrepõem nessa questão.
O presidente fez a declaração ao reiterar o interesse dos EUA em colaborar com a Arábia Saudita em questões de segurança nacional, a despeito de preocupações que boa parte do mundo manifesta em relação ao tratamento que a monarquia saudita confere à questão dos direitos humanos. O presidente americano disse julgar efetivo aplicar pressão firme quanto aos direitos humanos na Arábia, mas fazê-lo “enquanto conduzimos os negócios que precisam ser conduzidos”.
“Às vezes, precisamos balancear as nossas necessidades de falar com eles sobre direitos humanos e as preocupações que temos no combate ao terrorismo e na defesa da estabilidade regional”, distinguiu o presidente numa entrevista à Rede CNN.
Para Obama pressões já são eficazes e EUA precisam balancear interesses.
O presidente americano deixa claro, assim, que a questão dos direitos humanos pode ser tratada, defendida, mas em primeiro lugar vem os demais interesses dos EUA, principalmente os negócios. Segundo Obama, depende, por exemplo, do combate ao terrorismo internacional que, para eles, se sobrepõe à questão dos direitos humanos.
A declaração do presidente é uma confissão pública e internacional de que os EEUU instrumentalizam o tema direitos humanos, bem como instrumentalizam democracia, liberdade e independência segundo seus interesses nacionais…Foi sempre assim ao longo da história nas relações deles com o mundo. A declaração de Obama não surpreende pelo teor, mas pela confissão explícita agora.
Antes de desembarcar no Oriente Médio, o presidente americano informou que não trataria na viagem do açoitamento do blogueiro Raif Badawi, condenado pelas autoridades sauditas por insultar o islã e sentenciado a 10 anos de prisão e a levar mil chibatadas.
“Nesta visita, obviamente boa parte do objetivo é prestar tributo ao rei Abdullah, que a seu modo promoveu alguns modestos esforços de reforma”, disse Obama. A Arábia Saudita se tornou um dos poucos países árabes a se unir aos Estados Unidos nos ataques aéreos contra o Estado Islâmico, que age na Síria e no Iraque.
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*** *** CELAC pede fim do bloqueio a Cuba e da perseguição dos EUA a Venezuela
Mais um pedido para que os Estados Unidos ponham fim, de vez, ao embargo econômico que sustentam há mais de 50 anos contra Cuba e a condenação a Washington pelas sanções – políticas e principalmente as econômicas - decretadas contra a Venezuela constituem os principais pontos da cúpula-2015 da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) que se desenvolve nestes dois dias na Costa Rica.
A presidenta Dilma Rousseff chega nesta tarde a San José para participar do encontro. Assim, além de exigir o fim do bloqueio como complemento ao reatamento de relações diplomáticas EUA-Cuba, anunciado em dezembro pp. os países das Américas do Sul, Central e Caribe vão protestar contra a manipulação política permanente que o governo americano faz contra a Venezuela.
Aqui temos, de novo a questão dos direitos humanos e da democracia manipulados pelos EEUU para fazer uma aberta intervenção na política interna venezuelana, a favor da oposição contra o chavismo e o governo do presidente Nicolás Maduro. Os Estados Unidos aproveitam-se do agravamento da crise de segurança e econômica venezuelana, agravada pela queda brutal do preço do petróleo no mercado internacional, para ampliar suas pressões políticas contra o governo de Caracas.
A cúpula da CELAC vai condenar os EUA pela apropriação indevida que fazem dos conceitos de direitos humanos e democracia para interferir na soberania e política interna de outros países. A importância deste encontro é elevada pela expectativa da aprovação, nos próximos dias, pelos líderes dos Estados participantes, de uma série de declarações e documentos que reafirmam a exigência do fim do embargo contra Cuba e a perseguição política a Venezuela.
Os líderes usarão a cúpula para manifestar, numa declaração especial, o apoio do bloco à reaproximação de EUA com Cuba, mas sem esquecer que este é um momento oportuno para iniciar o fim do embargo que prejudica a economia da Ilha e sua população há décadas. Sobre a Venezuela, o texto da resolução final do encontro condenará as sanções dos EUA aos venezuelanos, especialmente as aplicadas em dezembro pp. a altos funcionários venezuelanos acusados, sem provas, de dirigir e apoiar atos de violência contra manifestantes antichavistas no país.
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Obama deixa claro que para EUA primeiro interesses, depois direitos humanos.
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