quinta-feira, 16 de abril de 2015

PT repudia prisão de João Vaccari Neto - Em nota oficial, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, classifica prisão de “desnecessária”. Vaccari solicitou afastamento do cargo de tesoureiro.



NOTA OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DO PT.

O Partido dos Trabalhadores manifesta-se a respeito da desnecessária detenção, na data de hoje, do Secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, nos seguintes termos:
1 – A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.
2 – Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário.
3 – Os advogados que cuidam da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas corpus para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível.
4 – Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.
5 – O Partido dos Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família, confiando que a verdade prevalecerá no final.

Rui Falcão

Presidente Nacional do PT

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Para Sibá, prisão de Vaccari foi “política”

Sibá Machado acredita em orientação deliberada em delações, enquanto Afonso Florence diz que investigados podem ter sido vítimas de excessos


O deputado Sibá Machado (AC), líder do Partidos dos Trabalhadores (PT) na Câmara, afirmou em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (15), que a prisão do secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, é “política”. Para ele, há uma orientação deliberada nas delações premiadas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, para prejudicar o partido.
“Na minha opinião esta é uma prisão política. Ele não fez nenhum tipo de arrecadação fora do que determina a lei brasileira. Confiamos no que foi feito”, disse.
“Estamos extremamente desconfiados de que há uma orientação deliberada nessas delações premiadas para prejudicar o PT. Nós vamos fazer a nossa defesa”, completou.
Segundo ele, o Diretório Nacional da legenda se reunirá, nesta quinta-feira (16), e uma eventual decisão do partido sobre o assunto pode ser tomada durante o encontro, em São Paulo.
Para o deputado Afonso Florence (BA), vice-líder da bancada do PT na Câmara, há uma espetacularização nas ações do juiz à frente da Lava Jato, Sérgio Moro. De acordo com ele, os investigados podem ter sido vítimas de excessos na operação.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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Justiça prende Vaccari para criminalizar doações ao PT

Mesmo disponível para prestar esclarecimentos, como fizera na semana passada à CPI, secretário foi preso nesta manhã


O secretário de Finanças do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, foi preso, nesta quarta-feira (15), pela Polícia Federal, em São Paulo, em nova fase da Operação Lava Jato. Ele será encaminhado à Curitiba (PR).
Os policiais colheram o depoimento do petista, Giselda Rousie de Lima, em casa. Há diligência expedida contra a cunhada do secretário, Marice Correa de Lima.
O PT e Vaccari reafirmaram, em sucessivas ocasiões, que as doações recebidas pela legenda são legais e foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.
Os advogados do secretário recorrerão, ainda nesta quinta, da decisão. O partido vai se pronunciar oficialmente sobre o caso.
Igual - Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no dia 9 de março, Vaccari apresentou dados que comprovam a legalidade das doações que o PT.
Ele também apresentou dados que comprovam que partidos como PMDB, PSDB e PSB receberam de empresas que estão sob investigação na Operação Lava Jato. No entanto, nenhum deles está sob investigações como à que o PT está submetido.
“Como já reiteramos em diversas oportunidades, todas as doações feitas ao PT estão estritamente dentro da lei e são contabilizadas e declaradas à Justiça Eleitoral e receberam a aprovação do TSE”, disse Vaccari aos parlamentares.
Relembre a apresentação do secretário de Finanças à CPI.
Dois pesos - Enquanto os ataques ao PT continuam, outros casos são abafados.
O ex-secretário de Habitação do governo de São Paulo, Marcos Rodrigues Penido, comandado pelo Geraldo Alckmin (PSDB), foi flagrado, em emails encontrados por investigadores, intermediando doações eleitorais de uma empresa envolvida no Trensalão Tucano, que envolve desvios de recursos para a compra de trens,  para o PSDB.
Atualmente, Penido é diretor presidente a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) de São Paulo.
A empresa Tejofran, segundo denúncia publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” à época, teria feito  contribuições durante a campanha de 2012 para prefeituras.
No período dos emails, Penido era diretor-técnico do CDHU. De acordo com a legislação eleitoral, diretores de empresas públicas são proibidos de arrecadar para partido. Na eleição de 2012, o ex-governador José Serra disputou a prefeitura de São Paulo com prefeito eleito, Fernando Haddad (PT).
Apesar das denúncias e das provas obtidas por investigadores, por meio de buscas feitas em computadores da CDHU, o caso nunca foi investigado e ninguém foi punido.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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