domingo, 17 de maio de 2015

Pimentel faz acordo com professores e critica Richa.


Governador de Minas Gerais criticou os “espetáculos lamentáveis” de repressão contra professores do Paraná, governado pelo tucano Beto Richa; declaração foi feita após Fernando Pimentel (PT) fechar acordo com os docentes estaduais para o pagamento do piso nacional da Educação até 2017; “Ao contrário de outros Estados, onde nós estamos assistindo até espetáculos lamentáveis de agressão aos professores, em Minas nós construímos o diálogo, o consenso”, disse; referência sobre as “agressões” diz respeito ao massacre de mais de 200 professores grevistas pela Polícia Militar do Paraná há cerca de 15 dias; atualmente, os professores de cinco estados – quatro deles administrados pelo PSDB – estão em greve.
Minas 247 – O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), criticou de maneira indireta os “espetáculos lamentáveis” de repressão contra professores no Estado do Paraná, governado pelo tucano Beto Richa.
Pimentel, que nesta sexta-feira 15 fechou acordo com os docentes estaduais para o pagamento do piso nacional da Educação até 2017, disse que o estado mineiro “construiu consenso” para evitar greves na rede estadual de ensino.
“Ao contrário de outros Estados, onde nós estamos assistindo até espetáculos lamentáveis de agressão aos professores, em Minas nós construímos o diálogo, o consenso”, disse Pimentel.
A referência sobre as “agressões” diz respeito ao massacre de mais de 200 professores grevistas pela Polícia Militar do Paraná há cerca de 15 dias. “Em Minas Gerais, os professores são tratados com respeito, com dignidade, como deve ser com todas as categorias profissionais”, alfinetou o petista.
Atualmente, os professores de cinco estados – quatro deles administrados pelo PSDB – estão em greve. A paralisação alcança São Paulo, Goiás, Pará, Paraná e Santa Catarina, este último governado pelo PSD.
Segundo o governo mineiro, o acordo firmado nesta sexta-feira terá um impacto de R$ 13 bilhões sobre o tesouro estadual. O gasto, segundo o governador, será compensado mediante ajustes nos gastos com custeio e na correção de “discrepâncias e erros” encontrados na folha de pagamentos.
Richa também recebeu críticas indiretas da presidente Dilma Rousseff em sua mensagem no 1º de Maio, Dia do Trabalhador. “Temos que reconhecer como legítimas as reivindicações de todos os segmentos sociais da população. Temos de nos acostumar a fazer isso sem violência e sem repressão”, afirmou Dilma (assista aqui).
Fonte: Brasil247
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Bohn Gass: Um gueto de machos, ricos e famosos.



Um gueto de machos, ricos e famosos.
(ou, o imprestável relatório da Comissão de Reforma Política da Câmara)
O relatório que a Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados apresentou na terça-feira (12 de maio) pretende transformar a política ou, no mínimo, os parlamentos, num gueto de machos ricos e famosos. É o que se pode deduzir da proposta que sugere o “distritão” como sistema eleitoral, que mantém doações empresariais a partidos e, o que chega até a ser vergonhoso, rejeita a adoção de cotas para mulheres nos parlamentos.
Antes de tudo, talvez seja oportuno lembrar que o tal “modelo distritão” é tão deformador da democracia que só é adotado em três lugares do mundo, entre eles o Afeganistão. Os outros dois são a Jordânia, que é um reino, e o Vanuatu (Ilha-estado localizada no Pacífico), país com menos de 300 mil habitantes.
Meu mandato considera que o melhor seria a adoção de um sistema eleitoral proporcional de lista fechada, mas estamos com o PT que, na busca de um consenso, já admite o distrital-misto. Contudo, não podemos abrir mão da proibição do financiamento privado de campanha e do estabelecimento de uma cota mínima de 30% de vagas para as mulheres nos parlamentos. Sobre este último ponto, aliás, não se trata de conceder nada às mulheres, mas de tomar medidas justas e necessárias de ação afirmativa para que os parlamentos atuais, tomados por homens, se tornem mais representativos (portanto, mais plurais; por consequência, mais democráticos) e estimulem a ascensão feminina na política.
Assim, por desconsiderar a influência demasiada do poder econômico sobre as campanhas eleitorais (e quem há de negar que a relação financiamento-compromisso futuro é perniciosa?); por não aproximar eleitos de eleitores (ou, dito de outra forma, representantes de representados); por consagrar um modelo que reduz o número de candidatos, abre espaços para as chamadas celebridades (“puxadores de voto”), fortalece os caciques, enfraquece partidos e prejudica a eleição de representantes de minorias, avaliamos que o relatório apresentado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB/PI) não reforma a política mas, ao contrário, a deforma ainda mais. O documento beira o imprestável.
Elvino Bohn Gass é deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul.
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Política de partilha está mantida, garante Dilma.



A política de conteúdo local garante à Petrobras a participação mínima obrigatória de 30% nos campos leiloados do pré-sal.
A presidenta Dilma Rousseff aproveitou a visita que fez ao complexo portuário de Suape, em Ipojuca, região metropolitana do Recife (PE), nesta quinta-feira (14), para reforçar a defesa que tem feito a política de conteúdo nacional e o regime de partilha na exploração do pré-sal. “Conteúdo local e a política de partilha, no meu governo, estão mantidos”, confirmou.
“Podem ter certeza, a política de conteúdo local veio para ficar”, reforçou Dilma. A política de conteúdo local garante à Petrobras a participação mínima obrigatória de 30% nos campos leiloados do pré-sal.
A presidenta participou da cerimônia de batismo do navio Marcílio Dias e fez uma viagem inaugural à bordo do petroleiro André Rebouças. Cada embarcação tem capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo, quase a metade da produção diária nacional.
Dilma ressaltou também os investimentos do governo para impulsionar a indústria naval no País. “Chegamos aqui hoje porque rompemos uma realidade de estagnação. A reimplantação da indústria naval no Brasil fez com que incorporássemos tecnologia, melhorássemos a formação dos nossos trabalhadores e gerássemos emprego e renda. O que nós queremos é produzir no Brasil o que pode ser produzido no Brasil”, destacou durante a cerimônia.
O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, também presente, ressaltou o esforços das gestões do PT para fortalecer a indústria naval brasileira. Para ele, a criação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), em 2004, responsável por renovar a frota da Transpetro, foi propulsora desse avanço.
“O Promef fez com que o Brasil não abrisse mão da indústria naval. Estamos gerando emprego e renda para trabalhadores nos estaleiros brasileiros. Essa decisão transformou homens que estavam na cana em metalúrgicos”, enfatizou Braga.
Após anos de estagnação, desde a década de 1980, a indústria naval brasileira pode, com o Promef, construir navios em território nacional. Recentemente, o programa possibilitou realizar a encomenda de 49 novos petroleiros. O investimento é de R$ 11,2 bilhões. O navio petroleiro André Rebouças, é a nona embarcação a entrar em operação.
Petrobras – Em referência à empresa que preside, Aldemir Bendini, destacou que o reconhecimento internacional da Petrobras na tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas. “Estamos batendo sucessivos recordes com a produção do pré-sal, que teve crescimento de 70% desde o início da exploração”, pontuou. Na última semana, a produção atingiu o recorde de 800 mil barris por dia só no pré-sal.

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