quinta-feira, 11 de junho de 2015

Camargo Correa doou até aeroporto a FHC, mas não pode doar a Lula.


Estadão e Folha de São Paulo divulgaram informação repassada pela notória banda antipetista da Polícia Federal cujo objetivo é, claramente, o de manchar a biografia do ex-presidente Lula e, assim, enfraquecê-lo politicamente, por temor de que se candidate à sucessão de Dilma Rousseff.
As matérias desses jornais relatam doações ao instituto Lula que empresas privadas fazem comumente a ex-presidentes. José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, com ajuda da iniciativa privada, criaram institutos após deixarem o poder e nunca ninguém implicou com eles.
O instituto FHC, por exemplo, foi inaugurado em 2004 com um acervo de mais de 10 mil livros e um caixa de cerca de R$ 10 milhões.
Desde que deixou a Presidência da República, em janeiro de 2003, FHC se dedicou a arrecadar recursos para criação de seu instituto. Chegou a promover um jantar do qual participaram banqueiros e empreiteiros.
O instituto Fernando Henrique Cardoso ainda ganhou dos empresários um andar inteiro em um antigo prédio do centro de São Paulo, onde funcionava o Automóvel Clube. Um imóvel de 1.000 m2 com biblioteca e auditório.
Segundo reportagem da revista IstoÉ publicada em 1999, quando FHC ainda era presidente, a fazenda que ele e Sergio Motta compraram em sociedade no município mineiro de Buritis ganhou da mesma Camargo Correa que a mídia acusa de fazer doação ao Instituto Lula, “Um presente que todo fazendeiro gostaria de ter”.
A revista relatou que “Em vez de avançar a cerca sobre a propriedade alheia, como de hábito no meio rural”, a Camargo Corrêa mantinha “sempre aberta a porteira” que separava sua fazenda da “gleba presidencial”.
Haveria, à época, um “intenso movimento entre as duas propriedades”, as fazendas de FHC e da Camargo Correa”, com “pessoas saindo da fazenda Córrego da Ponte, de FHC, entrando na Pontezinha, da Camargo Corrêa, e voltando à Córrego da Ponte”.
Para a revista, a “atração na Pontezinha” era “uma ampla pista de pouso” que costumava “receber mais aviões tripulados pela corte do presidente do que jatinhos de uma das maiores empresas do País”.
“Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não para de descer gente”, teria relatado o fazendeiro Celito Kock, vizinho de FHC e Camargo Correa.
A pista construída na fazenda da empreiteira tinha 1.300 metros de comprimento e 20 metros de largura, asfaltados. E estacionamento com capacidade para 20 pequenas aeronaves.
À época, a pista foi avaliada em R$ 600 mil e começou a ser construída no dia 1º de julho de 1995 e foi concluída em 30 de setembro daquele ano.
A reportagem da IstoÉ ainda relatou, à época, que, apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendara serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, que, meses antes, fora contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília
Por fim, a reportagem em questão relatou que “Dois habitués na pista da Pontezinha”, fazenda da Camargo Correa contígua à fazenda de FHC, eram Luciana Cardoso, filha do então presidente da República, e seu marido, Getúlio Vaz.
Detalhe: isso ocorreu enquanto FHC era presidente da República e tinha a caneta que contratava empreiteiras. A assessoria de imprensa da Presidência da República, inclusive, confirmou, à época, a utilização da pista pelos familiares do presidente.
Fatos como os supracitados jamais geraram reportagem alguma dos jornalões supracitados. A imprensa desprezou solenemente todas as doações de banqueiros e empreiteiros ao instituto FHC. Sempre. E foram muitos milhões.
Após FHC deixar o poder, seu Instituto chegou a ganhar um programa na TV Cultura. E, como se não bastasse, recebeu doação de 500 mil reais da Sabesp. Além das milionárias doações privadas, o Instituto FHC recebeu DINHEIRO PÚBLICO!
Nunca houve qualquer questionamento da imprensa.
Mas o Instituto Lula não pode receber doações privadas. Vira escândalo.
O pior é que as reportagens da Folha e do Estadão não relatam nem sequer investigação da Polícia Federal sobre a doação da Camargo Correa ao Instituto Lula. A banda antipetista da PF deparou com essas doações e repassou a informação à imprensa com o único objetivo de constranger o ex-presidente e gerar boatos.
O Instituto Lula divulgou as perguntas do Estadão, na íntegra, e a resposta que deu. Confira, abaixo.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
Perguntas enviadas pelo jornal O Estado de S. Paulo
1) A que se referem os pagamentos da empresa Camargo Corrêa para o Instituto Lula e para o LILS? Que serviços eleitorais o Instituto prestou?
2) Os serviços prestados pela LILS são referentes a palestras do ex-presidente Lula? Há registros?
3) Por que o Instituto Lula emite bônus eleitorais como em 2012?
4) Os serviços prestados têm relação com contratos da Petrobrás?
5) As doações/contribuições/bônus pagos têm relação com o PT?
Resposta do Instituto Lula
Recebemos nesta terça-feira (9), do jornal O Estado de S. Paulo, às 17h14 com prazo de resposta até as 19h30, às perguntas abaixo. Segue a íntegra da resposta e depois as perguntas enviadas pelo jornal.
“Os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimento de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo. A Camargo Corrêa já manifestou publicamente que apoiou o Instituto, em resposta a matéria de 2013 da Folha de S. Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/03/1250451-instituto-diz-que-objetivo-de-lula-e-o-interesse-da-nacao.shtml.
Os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos.
O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto deve ser algum equívoco.
Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos.
As doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não têm nenhuma relação com contratos da Petrobrás.”

http://www.blogdacidadania.com.br/…/camargo-correa-doou-at…/

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Agressor de frentista haitiano faz ameaças após ser triturado pelo CQC.
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No último sábado, o Blog denunciou que o fanático de ultradireita Daniel Barbosa Amorim,  que agrediu verbalmente frentista haitiano que trabalha em um post de gasolina da cidade gaúcha de Canoas, cumpriu pena de prisão por furto, entre outras complicações com a lei.
A informação foi passada em entrevista a esta página pelo escrivão de Porto Alegre Leonel Radde, quem, após assistir a vídeo da agressão que se espalhou como fogo na internet, lavrou um boletim de ocorrência no 20º Distrito Policial da capital gaúcha.
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Amorim é, também, “administrador” do grupo fascista “Revoltados On Line”, segundo informação postada por esse grupo em seu perfil no Facebook.
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Na última segunda-feira, o programa humorístico da Band Custe o Que Custar (CQC) fez um excelente trabalho jornalístico ao ir ao Rio Grande do Sul entrevistar o frentista agredido e, também, o ex-presidiário Daniel Barbosa Amorim.
Para quem não assistiu ao programa, vale a pena conferir a belíssim reportagem de um programa polêmico cujo conceito entre os analistas sérios nunca foi bom, mas que vem melhorando após a saída do âncora Marcelo Tas.


O que espanta na reportagem do CQC é a postura arrogante e agressiva do ex-presidiário que agride pessoas indiscriminadamente. Por várias vezes ele bateu no peito do repórter que o entrevistou, tentando provocar uma reação e gerar um confronto físico.

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Mas não é só. Além de uma quase agressão física em transmissão de TV veiculada para todo o país, o elemento ainda disparou ameaças retóricas. E ninguém melhor do que o policial que o denunciou à lei pela agressão ao frentista para explicar o caso.
Em seu perfil no Facebook, o policial Radde comenta essas ameaças.
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Parece que ainda não caiu a ficha do ex-presidiário e “administrador” do grupo fascista “Revoltados On Line”. Além de sua atitude truculenta ao tocar provocativamente o repórter da Band, ainda insinua que irá processar suas vítimas e quem lhe denunciou o crime.
No vídeo, vê-se uma mulher que acompanhava o ex-presidiário filmando o trabalho do repórter Marcelo Salinas, do CQC, e “ordenando” que a entrevista terminasse.
De qualquer forma, o saldo desse episódio é positivo. A excelente argumentação do repórter da Band expôs toda estupidez do ex-presidiário que ajuda a “administrar” o perfil dos “Revoltados On Line” no Facebook.
A reiterada baboseira desse grupo sobre o Foro de São Paulo foi literalmente triturada pelo repórter da Band. Além disso, ao reconhecer que cumpriu pena por roubo, o ex-presidiário truculento expôs ao país que tipo de gente é esse que tem a ousadia de acusar os outros de corrupção.
Esse é o principal mérito da democracia. Com liberdade de expressão, excessos de gente autoritária, estúpida e antidemocrática como Amorim e seu grupo de “revoltados” podem ser expostos e, aos poucos, o país vai entender que essa gente é perigosa e precisa ser contida.

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