Arnaldo Madeira, coordenador do programa de campanha de Aécio. afirma que "está difícil entender o partido”
Os rumos tomados pelo partido sob o comando do candidato derrotado nas urnas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), tem sido um fator predominante nas reclamações dos correligionários tucanos. A derrota sofrida por Aécio e a oposição não foi digerida e seu inconformismo buscou o caminho do golpismo para tentar desgastar o governo.
O reflexo disso fica evidente no comentário de Arnaldo Madeira, ex-secretário da Casa Civil de São Paulo e coordenador do programa de campanha de Aécio. Ele disse que "está difícil entender o partido”. Segundo ele, as posições do PSDB "são apenas para atrapalhar o governo". Madeira ressaltou que existe uma contradição na postura de votação do partido. “Agora só falta o PSDB votar contra a Lei de Responsabilidade Fiscal", ironizou. A lei foi implantada pelo governo de FHC. Outro a reclamar no ninho tucano foi o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. Proprietário da consultoria Tendências, alinhada com o pensamento tucano, Maílson disse que o PSDB "virou um partido incoerente", pois "vota contra tudo" e "defende ideias que, se aprovadas, lhe cobrarão preço alto caso volte ao governo". Ele se referiu, especificamente, à votação do partido na sessão que derrubou o chamado fator previdenciário. "Ao patrocinar retrocessos institucionais, parece renegar sua contribuição à modernização e ao desenvolvimento do país", defendeu Maílson. Na semana passada, a crítica veio de ninguém menos que o vice-presidente do partido, o ex-governador paulista, Alberto Goldman. “O PSDB não tem projeto de país", admitiu Goldman, que fez críticas diretas a gestão de Aécio à frente do partido, reclamando da falta de debate.
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*** *** Goldman admite o que já sabíamos: "PSDB não tem projeto de país"A frustração tucana em dar um golpe contra o governo da presidenta Dilma Rousseff escancarou o racha interno da legenda, que vai ganhando cada vez mais profundidade.
O primeiro vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman (SP), resolveu fazer suas críticas publicamente porque, segundo ele, “a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves".
Numa carta endereçada nesta terça-feira (26) à cúpula nacional do partido, o ex-governador de São Paulo manifestou suas queixas contra o senador mineiro e candidato derrotado, Aécio Neves, que assumiu a presidência do PSDB em 2013. Goldman afirma que atualmente os tucanos não são capazes de dizer o que fariam se tivessem vencido as eleições presidenciais. "Nós não temos um projeto de país", reclama Goldman. De fato, nem mesmo durante a eleição o candidato Aécio foi capaz de responder quais eram as suas propostas. Até às vésperas de campanha não divulgou o seu plano de governo, que dizia estar sendo preparado por vários “notáveis da economia”. Seu foco na campanha foi a era da “previsibilidade” como garantia de solução para os desafios do Brasil. Apesar da insistência de alguns, Aécio não conseguiu responder durante todo a campanha quais medidas tomaria. Ainda sobre as críticas de Goldman, a proposta de "Distritão" é uma "aberração" e queixou-se pelo fato de matérias importantes, como a reforma política e mudanças na Previdência, não serem discutidas e decididas pelo partido. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), minimizou a crise interna, afirmando que "divergências são da natureza democrática" do partido e cutucou: "Estivesse Goldman participando mais ativamente do dia a dia da ação das bancadas, certamente teria posição diferente sobre a firme condução de Aécio Neves", disse.
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*** *** Kotscho sobre racha no PSDB: Agora caiu a ficha dos tucanos.Quem colocou o dedo na ferida, expondo a divisão interna do partido, não foi nenhum bolivariano inimigo, mas o próprio vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, que enviou nesta terça-feira (26) uma carta à direção da legenda na qual escreve com todas as letras o que está no título desta coluna: "Nós não temos um projeto de país".Por Ricardo Kotscho*, publicado em seu blog
Já constatei isso várias vezes aqui no blog, mas parece que agora caiu a ficha dos tucanos, revelando uma divisão interna do maior partido da oposição, que a mídia amiga já não pode esconder. Para Goldman, ex-governador de São Paulo muito ligado a José Serra, o partido até agora não conseguiu explicar ao eleitorado o que teria feito se tivesse vencido as eleições presidenciais. Não fez isso durante toda a campanha eleitoral do ano passado e não apresentou nenhuma proposta nas recentes propagandas na televisão, limitando-se a detonar o governo petista.
O primeiro vice-presidente do partido reclamou também que "a falta de debate interno se agravou no período recente de Aécio Neves", que assumiu o comando do partido antes de se candidatar à presidência da República, depois de um longo domínio do alto tucanato paulista . Goldman lembrou que o PSDB não discutiu internamente até agora qual posição tomar nos debates sobre a reforma política e o ajuste fiscal proposto pelo governo. Isso ficou claro na noite de terça-feira durante a votação do projeto de reforma política apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Até o último momento, eternamente em cima do muro, os tucanos não sabiam o que fazer. Diante de mais um racha no partido, Aécio impediu que o PDSDB fechasse questão a favor do distritão defendido por Cunha. Resultado: 21 tucanos foram a favor, mas 28 votaram contra. D. Eduardo: derrotado A defecção do PSDB, um aliado de ocasião do presidente da Câmara para desgastar o governo Dilma, contribuiu para a primeira grande derrota de D. Eduardo I e Único nos seus próprios domínios. O estilo imperial de Eduardo Cunha, tratorando até seus mais fieis aliados, levou-o a uma derrota humilhante e lhe mostrou que não pode tudo. Todo poder tem seus limites. A sua proposta prioritária de adoção do voto distrital nas eleições parlamentares foi derrotada por 267 a 210, quando precisava de no mínimo 308 votos para mudar o sistema eleitoral. Até no PMDB lhe faltaram votos: 13 deputados do seu partido votaram contra a proposta de Cunha. No Senado, seu parceiro Renan Calheiros, outro aliado-desafeto do governo, também saiu derrotado na primeira votação do pacote do ajuste fiscal em que foram aprovadas restrições ao seguro desemprego e ao abono salarial. O resultado foi bem apertado (39 a favor e 32 contra), mas representou mais uma vitória de Dilma-Temer contra Renan-Cunha na queda de braço travada entre o governo e o Congresso. A cada dia sua agonia, no ganha e perde da guerra política, que parece não ter fim. Vida que segue.
Artigo originalmente publicado sob o título: PSDB dividido: “Nós não temos um projeto de país”
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TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Golpismo aprofunda racha entre lideranças do ninho tucano - A política do quanto pior, melhor adotada pelos tucanos está aprofundando o racha do partido e demonstrando o discurso de “compromisso com o Brasil” nunca passou de meras palavras.
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