sábado, 20 de junho de 2015

Visita da oposição à Venezuela: extravagância, provocação, hipocrisia, engodo.






A visita de uma delegação de senadores oposicionistas a Venezuela foi,  por si só, uma extravagância, além de evidente manobra do PSDB, uma provocação para prejudicar as relações entre o Brasil e a Venezuela.
Quando do golpe militar que depôs o presidente Hugo Chavez, o PSDB se calou. Basta lembrarmos também a repressão brutal e covarde aos professores do Paraná, ordenada pelo governo tucano, para comprovar a total falta de autoridade dos tucanos e da oposição para falar em direitos humanos e democracia. Pura hipocrisia.
Quanto aos incidentes em Caracas, tudo não passou de engodo. A via principal estava obstruída, a delegação de direita poderia ter saído do aeroporto pela estrada secundária, como fez o deputado João Daniel (PT-SE), que pousou na capital venezuelana em horário semelhante aos senadores. Ou como fazem todos quando a carretera que vai do aeroporto à capital fica interditada.
Os oposicionistas também reclamaram de “hostilidades e agressões” por parte de manifestantes pró-governo, em uma cantilena que veio a influenciar, infelizmente, também os partidos de esquerda e o governo brasileiro.
Há diversos vídeos que comprovam: os militantes chavistas exerceram seu direito democrático de protestar contra visita de apoio aos golpistas que infernizam a vida do país.
Não podemos esquecer que Leopoldo Lopez e Antonio Ledezma, os principais presos pelos atos violentos do ano passado, tramavam uma nova tentativa de derrubada violenta do governo de Nicolás Maduro, em combinação com a adoção de sanções contra a Venezuela pelo governo dos Estados Unidos, como é tradicional nas orquestrações conduzidas para desestabilizar governos populares.
Esta orquestração é bastante conhecida em nossa América Latina.
Culpar o governo da Venezuela, aprovando moções ou notas de repúdio, é fazer o jogo de Aécio Neves e sua comitiva. Inacreditável que as bancadas do PT, PC do B e PSOL tenham embarcado nessa manobra.
O Itamaraty foi mais comedido que a Câmara dos Deputados. Apesar de classificar como “hostis” os protestos contra os senadores, desrespeitando a legalidade democrática do país vizinho, eximiu-se de condenações irresponsáveis e preferiu pedir esclarecimentos ao governo venezuelano.
Inaceitável qualquer vacilação diante do PSDB e de forças que chancelam grupos golpistas na Venezuela para se legitimar internamente contra a administração Dilma Rousseff e a esquerda.

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