domingo, 16 de agosto de 2015

Globo e Veja pregam o ódio e perseguem Lula, com vazamentos da República do Paraná.


Por Davis Sena Filho — Palavra Livre

Sabe-se, nos cinco continentes e até mesmo no espaço exterior, que os magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas são golpistas, bem como seus empregados aboletados nas redações de suas empresas se colocam em uma posição, sistematicamente, tão radical quanto a de seus patrões quando se trata de criminalizar as ações administrativas e de governabilidade do Governo Trabalhista de Dilma Rousseff.

Contudo, a efetivação de impeachment está cada vez a ficar difícil de acontecer, vide as últimas determinações do TSE, do STF e do MP quanto às contas da campanha eleitoral da mandatária brasileira, assim como no que tange às pedaladas fiscais. Além do mais, adversários, que conspiram a favor do impeachment, como o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, estão enfraquecidos, pois acusado de ser um dos nomes envolvidos pela operação Lava Jato, e, por sua vez, à mercê de denúncias contra sua pessoa por intermédio do procurador-geral, Rodrigo Janot.

Todavia, o alvo da direita midiática é Lula, o PT e seu Instituto. A imprensa judicializa a política, criminaliza o Instituto Lula e suas palestras, desqualifica autoridades do Executivo e tenta envolver o mais importante político da América Latina e o de maior prestígio internacional com a roubalheira que ocorreu na Petrobras e que está a ser devidamente investigada pelo Governo Dilma, por meio da Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça, que responde diretamente à Presidência da República, administrada por presidentes petistas há quase 13 anos.

Exatamente, volto a lembrar, são os presidentes petistas e seus governos que estão a ser alvos do ódio dos principais fomentadores de crises: os magnatas bilionários de imprensa. A falar mais claro e de forma objetiva, as famílias Marinho, Civita, Mesquita, Frias, Sirotsky, Alzugaray e os condôminos do Grupo Diários Associados, os verdadeiros vetores da instabilidade política, que influencia na economia, e, consequentemente, explode nas mãos do povo brasileiro, que passa a ter menos acesso ao consumo, porque os preços se tornam mais caros, o desemprego aumenta e as oportunidades de uma vida melhor diminuem.

Não importa a essas famílias se o jornalismo praticado por elas e por seus empregados, que agem como capitães do mato, torne-se panfletário, passional, manipulador e distorcido, ou seja, o verdadeiro jornalismo de esgoto. Nada importa, nem mesmo a falta de credibilidade e os questionamentos de milhares de pessoas que comentam nas redes sociais e nas ruas sobre as mentiras e as meias verdades repercutidas por uma imprensa de negócios privados cada vez mais partidária, ideológica, conservadora, perversa e tão radical ao ponto de preferir que o País seja irremediavelmente prejudicado em prol de seus interesses políticos e econômicos.

A imprensa burguesa mente e comete crimes de calúnia, injúria e difamação. Ataca violentamente qualquer um e não mede consequências para efetivar seus atos e ações, sempre em favor do sectarismo, do elitismo, da exclusão e da concretização de seu domínio sobre a sociedade, no que concerne a impor sua agenda, que jamais atende aos interesses e sonhos do povo brasileiro. A imprensa dos magnatas bilionários é a voz e a memória dos 350 anos de escravidão e jamais vai permitir que mandatários progressistas possam governar em paz, porque não se submetem às regras democráticas e de civilidade.

Violenta e selvagem contra Getúlio, Jango, Brizola e Dilma, conforme demonstram e relembram a história do Brasil e os brasileiros antigos que estão vivos, a virulência sem limites se volta a Lula, por ser o líder trabalhista um possível candidato à Presidência da República, em 2018. O petista já percebeu e tem rebatido, constantemente, as mentiras, as distorções, as notícias e manchetes propositalmente “pinçadas” de um contexto mais amplo por intermédio do Instituto Lula.

Nas últimas semanas, as revistas Época, Veja e IstoÉ, além de o jornal O Globo se dedicaram a cometer falácias, distorções e mentiras sobre notícias relativas ao Instituto Lula, ao BNDES, às palestras do ex-presidente e, pasmem, até mesmo sobre o apartamento do Guarujá, na praia de Astúrias, que a esposa de Lula, dona Marisa Letícia, o adquiriu, em 2005, por meio de uma cota de participação na cooperativa Bancoop, na qual inúmeros cooperados participam, a fim de também comprar seus apartamentos.

Qual é o crime de um cidadão participar de um empreendimento imobiliário? Nenhum. Porém, Época e O Globo criminalizaram a compra de um imóvel, que ainda não foi entregue ao casal Lula da Silva. Outrossim, e por meio de matérias maledicentes e absurdas, que visavam, sobretudo, criminalizar o ex-presidente, que a Polícia Federal e o Ministério Público se pautaram ao ponto de um procurador substituto no Distrito Federal, Valtan Timbó, determinar a abertura de inquérito para investigar o político trabalhista quanto às suas palestras.

A compra do apartamento foi quitada, em 2010, mas não foi entregue, porque a obra trocou de construtora e ficou pronta somente em 2013. Dona Marisa Letícia, segundo a assessoria de Lula, ainda não decidiu se vai pedir o ressarcimento do dinheiro empregado ou se vai escolher alguma unidade de moradia.

Todos esses fatos e ocorrência o foram, didaticamente, explicados ao Globo e ao seu repórter, Germano Oliveira, que mesmo assim escreveu uma matéria distorcida e completamente fora da realidade. E por que esta sórdida atitude? Porque o que interessa é “queimar” a imagem de Lula e desqualifica-lo quanto à sua honestidade. Ponto. Quem manda o Brasil não ter efetivado o marco regulatório para as mídias, conforme reza a Constituição. E aí dá nisto: uma imprensa de caráter criminoso e sem se preocupar com punição.

A total falta de respeito ao líder petista é de chamar atenção, ao tempo que bastante assertiva e pedagógica, pois permite que as pessoas remontem as eras Getúlio e Jango, quando esta mesma imprensa golpista e praticante de um jornalismo sujo e desleal realizou campanhas incendiárias e criminosas contra os dois mandatários trabalhistas, sendo que o primeiro se suicidou e o segundo foi deposto e somente morto voltou ao Brasil.

Como pode o editor de O Globo, ou quem o valha, requentar matérias como a do apartamento do Lula no Guarujá, bem como o repórter Germano Oliveira ao receber as informações do Instituto Lula e escrever, a seu bel-prazer, um monte de sandices e mentiras sem se preocupar com sua credibilidade? Trata-se de um idiota ou de uma profissional que não demarca limites para atender seus chefes e patrões? Com a resposta o leitor e a consciência de tal profissional...

Percebe-se, com efeito, que Lula não pode comprar apartamento, é proibido de ministrar palestras e ganhar dinheiro com elas, bem como o é impossibilitado de ser candidato a presidente da República. Resumo da ópera: Lula não pode falar, viajar, trabalhar, participar de eventos políticos, sindicais, sociais e muito menos ser candidato a qualquer cargo público. Contudo, ele reagiu prontamente e reclamou ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) das ações de tal servidor Timbó, que, efetivamente, está a fazer política — a má política, diga-se de passagem. A reclamação foi aceita e o procurador está a ser investigado.

Entretanto, e em total paradoxo ao que ocorre ao líder do PT, o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, o grão-tucano do PSDB, para a imprensa da casa grande pode tudo, inclusive ter um apartamento em bairro e via chique de Paris, pôde ter fazenda, dar palestras (muito menores em números do que as de Lula e também mais baratas), bem como tem direito a viajar, ser pago por empreiteiras e empresas de outros ramos de atividades para palestrar e constituir seu instituto — o iFHC.

Realmente, o Neoliberal I pode tudo e muito mais, ao ponto de ter vendido o patrimônio público (liquidação de 125 estatais), que ele e os tucanos não construíram, além de ter ido ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes e ainda entregou o poder com uma inflação de 12,5%. E os coxinhas paneleiros e os “especialistas” de prateleiras da Globo News e congêneres ainda reclamam de uma inflação de 5 a 8%, conforme o setor da economia, em um mundo que está a enfrentar uma crise sem precedentes desde 2008. A situação do Brasil é muito melhor do que a maioria dos países europeus, por exemplo.

A verdade é que a crise tem nome, e o nome dela é imprensa, a de oposição, de essência corporativa e politicamente golpista. A crise não é política, porque os poderes da República não vão se aventurar a rasgar a Constituição e invalidar o voto soberano do povo brasileiro, que depositou 54,5 milhões de votos para eleger a presidenta Dilma Rousseff. Não mesmo.

Pode ter passeata, manifestação de grupelhos de perfis fascistas, de coxinhas paneleiros inconformados com a ascensão social dos pobres e que ficam a arremedar o que a mídia comercial e privada fala e publica. Mas golpe não vai haver e muito menos Lula vai ser preso, porque ele e Dilma não cometeram malfeitos, não roubaram o Brasil e o povo brasileiro. O MP e a Polícia Federal sabem disso. Os dois órgãos compreendem muito bem que suas autonomias e independências são advindas do republicanismo dos presidentes petistas, que, inclusive, deram-lhe todas as condições logísticas e financeiras para trabalhar.

Agora se alguns delegados da PF se tornam aecistas, procuradores e promotores abusam de seus cargos para fazer política e se juízes querem mandar no lugar das autoridades executivas eleitas pelo povo, realmente o Brasil vai ter de repensar a República ou se transformar em uma República de togados, o que seria o fim da picada.

Não existe salvação e democracia fora da política. O contrário é ditadura, pura e simplesmente. Leia a história! Corrupção se combate, mas é inerente ao homem e por isto o criminoso tem de ser punido para que não se torne lugar comum a roubalheira do patrimônio e dinheiro públicos. E isto o PT o fez, com mais de duas mil operações da PF e com a liberdade dada à PGR, à CGU e à AGU.

Contudo, os magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas se fazem de mudos, surdos e cegos. Hipocrisia e conveniência política e ideológica, obviamente. Queres um exemplo terrível? Não me faço de rogado. O vazamento sórdido e de objetivo essencialmente político por parte da força-tarefa paranaense (Polícia Federal, Ministério Público e Vara do Moro), que entregou informações à Veja e ao falido Estadão sobre a Operação Lava Jato — Um adendo: Veja é pasquim panfletário, que tem a alcunha de Última Flor do Fascio, mas também o é conhecida como a Revista Porcaria.

E não é que o Estadão Pré-Falimentar divulgou conversa grampeada pela PF entre Lula e um dos diretores da Odebrecht, Alexandrino Alencar, a dar, propositalmente, uma conotação escandalosa, quando, na verdade, a conversa foi sobre a preocupação do petista em relação ao BNDES e a conjuntura econômica, que não o incrimina em nada.

A Polícia Federal está a cometer crimes, e o propósito é político. Trata-se de uma instituição equivocadamente politizada e com preferências partidárias. Em pleno estado de direito, a sociedade brasileira vai ter que conviver com um estado policial? Quem vai punir, prender, suspender e expulsar tais servidores públicos, que vazam informações e quebram o sigilo bancário de um presidente da República?

O presidente mais popular da história do Brasil está a ser tratado como um criminoso. A Veja — o panfleto incendiário de extrema direita —, resguarda-se, de forma ridícula e perversa, ao afirmar em sua matéria suja que Lula não cometeu ilegalidades e que presidentes, a exemplo de Bill Clinton e de FHC — o Neoliberal I — também fazem palestras e são pagos por empresas.

Todavia, apenas Lula teve seus sigilos bancários e telefônicos quebrados por uma revista que chafurda há quase quinze anos na lama por ser responsável pela elaboração do verdadeiro e mais autêntico jornalismo de esgoto. FHC sempre foi preservado. É inacreditável que somente Lula é alvo de tanta cafajestada e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cruze os braços e ainda se cale, porque se tornou uma autoridade fraca, pusilânime e que não toma as providências devidas contra os crimes perpetrados por policiais que se consideram acima das leis.

Veja sabe que a rebarba é grande e que sua irresponsabilidade vai parar nas barras da Justiça. Afinal, o panfleto fascistoide publicou os dados obtidos, a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à Polícia Federal do Paraná, que reenviou as informações à Veja. A revista vai ter de responder por seus maus atos, apesar desta Justiça que temos e que também se tornou partidária e ideológica, principalmente nos tribunais superiores. A direita não quer trabalhistas no poder, como o fez nas décadas de 1930 a 1954, bem nos tempos de hoje, no período 2003 até este ano de 2013.

A violência política e midiática contra o ex-presidente Lula é realmente um sintoma inquestionável de que a direita está desesperada com a candidatura do político trabalhista, em 2018. Quem vai processar, interrogar e prender os donos de jornais e revistas, os policiais, os promotores e os juízes que cometem crimes? Com a resposta, os trabalhadores do campo e das cidades, a sociedade civil organizada e os juízes, promotores e políticos democratas e legalistas. A perseguição a Lula significa o golpe jurídico e midiático no lugar das armas e coturnos. É isso aí.   

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