quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PTMG - Reginaldo Lopes mobiliza laboratórios, órgãos de regulação e Universidades para viabilizar a pesquisa clínica da “cápsula contra o câncer”.





Preocupado com milhões de famílias cuja a luta contra o câncer faz parte da rotina, o deputado federal Reginaldo Lopes tem liderado ações a fim de que os estudos com a fosfoetanolamina sintética avancem e que os brasileiros (as) possam vislumbrar a comprovação científica da medicação e posterior liberação para uso.
Na Câmara, o parlamentar solicitou duas audiências públicas. Uma na Comissão de Educação, para debater formas de executar e desenvolver a pesquisa clínica, em parceria com as Instituições Federais, com o objetivo de autorizar o uso da substância. Serão convidados o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Newton Lima Neto; o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha; o diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa da Silva Junior; e os professores pesquisadores Gilberto Osvaldo Chierice e Otaviano Mendonça.}
A outra audiência foi solicitada na Comissão de Seguridade Social e Família, a fim de discutir os efeitos da fosfoetanolamina no tratamento de câncer. O encontro deverá contar com a presença dos pesquisadores Gilberto Orivaldo Chierice (USP/IQSC), Durvanei Augusto Maria (Instituto Butantan), Marcos Vinícius de Almeida (UNIFESP) e da paciente em tratamento, Telma Terezinha Chaves. Os requerimentos contam com o apoio dos deputados federais Adelmo Leão e Sergio Reis, e as audiências ainda não têm data para serem realizadas.
Desde 2011, Lopes busca mobilizar laboratórios, órgãos de regulação e Universidades para viabilizar a pesquisa clínica da substância. A fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida na Universidade de São Paulo, imitando uma substância presente no organismo que atua na sinalização de células cancerosas para a remoção pelo sistema imunológico. Há casos comprovados de desaparecimento de tumores com seis a oito meses de tratamento. Outro dado importante é que ele poderia ser comercializado a um preço bastante inferior aos atuais fármacos utilizados nos tratamentos de câncer. Relatos de pacientes que utilizaram a medicação atestam a inexistência de efeitos colaterais severos.
Os estudos já duram 20 anos, mas a falta de registro junto à Anvisa proíbe a distribuição do medicamento e pacientes que tinham conhecimento entraram na Justiça para obter as cápsulas, ainda que, sem a devida legalização. “A falta de um processo formal para a obtenção do registro como medicamento da fosfoetanolamina está se tornando um pesadelo na vida das pessoas que dependem de remédios para controle da doença”, disse Lopes.
Para o deputado, a análise e explicação dos pesquisadores a respeito da posição atual dos estudos, bem como a possibilidade de disponibilização à população diretamente interessada, as exigências e possíveis finalizações de processos perante a Anvisa serão esclarecedoras.
Foto-Legenda: Em 2013, Reginaldo Lopes se reuniu com o pesquisador Gilberto Chierice, com o ex-reitor da USP, professor Otaviano Mendonça, com os professores Durvanei Augusto Maria, Wellington Rodrigues, Renato Meneguelo, Salvador Claro e com o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

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Minas Gerais vai criar o Conselho Estadual de Cidadania LGBT.


O Governo de Minas Gerais vai propor a criação do Conselho Estadual de Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CEC LGBT), órgão que será responsável pela elaboração e condução das políticas públicas voltadas para esses segmentos da população. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, durante a realização da 3ª Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT, realizada no último final de semana em Caeté, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
O projeto de lei que cria o CEC LGBT já foi enviado pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) ao governador Fernando Pimentel para que seja encaminhado à Assembleia Legislativa. Ele terá composição paritária entre o poder público e a sociedade civil e será composto por 26 membros e seus suplentes, nomeados pelo chefe do Executivo mineiro.
O CEC LGBT vai formular e propor diretrizes de ação governamental e políticas públicas para promover a defesa, os direitos e a cidadania LGBT no estado, a redução das desigualdades sociais, econômicas, financeiras, políticas e culturais da população LGBT, além do combate à discriminação e a ampliação dos espaços de participação social.
“Nós estamos enviando para a Assembleia o projeto que cria o Conselho Estadual para a proposição de políticas para a comunidade LGBT. Nele estarão o pessoal das secretarias de Educação, da Saúde, da Assistência Social, do Esporte e da Segurança Pública. Então nós vamos debater com cada segmento. O que não pode, por exemplo,  é haver discriminação e preconceito”, enfatizou Nilmário Miranda.
O CEC LGBT também é de fundamental importância em Minas para a criação e fortalecimento dos Conselhos Municipais de Cidadania LGBT, instalados hoje no estado apenas nos municípios de São João del-Rei e em Contagem, este ainda aguardando a posse. “A conferência aprovou uma agenda construída de modo coletivo e democrático, sem ocultar os conflitos. Acredito que até o final do ano teremos dez conselhos municipais”, ressaltou o secretário.
Livres e Iguais.
Durante o evento em Caeté, que contou com as presenças da cantora Daniela Mercury e sua esposa Malu Mercury, Nilmário anunciou também a adesão de Minas à campanha Livres e Iguais, da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca promover a igualdade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.  O objetivo é aumentar também a conscientização sobre a violência e a discriminação lesbofóbica, homofóbica, bifóbica e transfóbica e promover um maior respeito pelos direitos das pessoas LGBT, em todos os lugares do mundo.
Daniela é considerada Campeã da Igualdade da ONU e Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “Nossa causa é a causa de todos, não é a de um grupo”, disse a cantora, parabenizando os presentes à Conferência pela coragem de estarem juntos nessa luta. “A gente está aqui para lutar pela liberdade, princípio fundamental de todo o provo brasileiro e de todo o planeta”, enfatizou.
Durante os três dias da conferência, cujo tema foi “Por um Brasil que criminalize a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”, cerca de 420 delegados eleitos nas etapas regionais, municipais e livres participaram do evento, onde são consolidadas as propostas levantadas no estado para serem debatidas na Conferência Nacional, que acontecerá em Brasília.
“Fizemos a mais importante conferência estadual dos direitos LGBT em Minas Gerais. Foram 27 conferências regionais, municipais e livres, sendo que em 2011 foram apenas 10 municípios que participaram. Envolvemos também 64 municípios e cerca de 2.000 participantes, que elegeram 420 delegados para a etapa estadual”, disse Nilmário Miranda.
O coordenador especial de Políticas de Diversidade Sexual da Sedpac, Douglas Miranda, afirmou que as conferências são um espaço de construção coletiva. “A gente quer ser livre e igual. Nós não somos diferentes”, frisou, classificando as presenças na conferência como fundamentais para que se sejam “os multiplicadores dos ecos, esclarecendo a sociedade mineira e brasileira que a condição de diversidade e identidade de gênero não podem ser encaradas como pré-requisito de exclusão social”.
Foto: Marcelo Sant’Anna/Imprensa MG
Fonte: Agência Minas

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Câmara aprova texto que regulamenta direito de resposta.



Proposta foi aprovada pelos deputados, mas senadores ainda precisam avaliar o texto final. Secretário de Comunicação do PT comemora aprovação do projeto.
O texto-base do projeto de lei que trata da regulamentação do direito de resposta para quem se sentir ofendido por matérias jornalísticas veiculadas pela mídia foi aprovado, nesta terça-feira (20), no plenário da Câmara. Foram 318 votos a favor, 79 contra e uma abstenção.
Pela proposta aprovada, quem se sentir insultado com alguma publicação jornalistica terá 60 dias a partir da veiculação do conteúdo para pedir o direito de resposta direto ao órgão de imprensa ou ao corpo jurídico da empresa responsável.
O projeto, oriundo do Senado, e de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), prevê o direito de responder ou retificar a informação, com espaço gratuito e proporcional ao agravo. Requião destaca que a proposta “preenche um vácuo da democracia”.
“O projeto é essencial para o processo democrático e preenche um vácuo da democracia desde a revogação da lei de imprensa em 2009 . A ideia é acabar com a irresponsabilidade tratada em algumas reportagens”, disse Requião.
Requião lembrou que há seis anos o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a Lei de Imprensa, que prevaleceu no período da ditadura. Porém, os pedidos de resposta nem sempre eram respeitados pelas empresas de comunicação.
Para Alberto Cantalice, secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, a votação expressiva demonstra que “as forças políticas não querem viver sobre uma ditadura do pensamento único”.
“É importante ouvir sempre o outro lado. A aprovação do direito de resposta vai ajudar a democratizar a informação no nosso país”, avalia.
O deputado federal Wadih Damous também defendeu o amplo direito de resposta.
“O ofendido tem todo o direito de pessoalmente apresentar o seu direito de resposta ou indicar alguma pessoa que o faça em seu lugar. Isso não pode ficar a critério de um texto elaborado pelo próprio meio de comunicação que praticou a ofensa, a difamação, a injúria ou a calúnia. Nós não podemos permitir que esse dispositivo caia, a lei fica capenga”, disse Damous.
Durante votação do projeto, foi sugerida uma regra que estabeleça, para os casos de calúnia e difamação, o direito do ofendido em usar os mesmos meios de comunicação de quem praticou a ofensa para se retratar. Diante da alteração, o projeto voltará para o Senado Federal, onde deve ser novamente analisado.
História – A necessidade de uma regulamentação do direito de resposta tem o apoio o Partido dos Trabalhadores (PT), pois a justiça brasileira precisou ser acionada em diversas ocasiões por membros da legenda, que foram vítimas de calúnia e difamação.
No dia 25 setembro de 2014, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu direito de resposta ao PT, após a revista ‘Veja’ ter ofendido a honra do partido. Na ocasião, a presidenta Dilma Rousseff disputava as eleições.
A revista publicou que o doleiro preso Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, teria dito em depoimento que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de desvio de dinheiro público da Petrobras. A publicação precisou se retratar.
Sem o direito de resposta, mas para se proteger de calúnias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisou utilizar suas redes sociais para se defender. Além disso, ele também tem utilizado a prática de acionar o veículo responsável pela publicação e o jornalista na Justiça.
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Paulo Henrique Amorim lança livro em audiência na Assembleia.


Comissão de Direitos Humanos recebeu o autor de O Quarto Poder – Uma Outra História, uma crítica ao monopólio da mídia.
Os bastidores da maior rede de televisão do Brasil, o seu envolvimento com políticos de envergadura nacional, a troca de interesses, a manipulação da notícia nas grandes empresas de comunicação e o papel do “PIG” (“Partido da Imprensa Golpista”) na construção do cenário político, econômico, social e cultural do País são alguns dos aspectos abordados no livro “O Quarto Poder – Uma Outra História”, do jornalista, blogueiro e apresentador de televisão Paulo Henrique Amorim. Com a presença do autor, o livro foi lançado na tarde desta terça-feira (20/10/15), em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Convocada a requerimento do deputado Rogério Correia (PT), líder do Bloco Minas Melhor, a audiência foi transmitida ao vivo pela TV Assembleia e pela TV Afiada, do blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique. Sublinhando o discurso com o humor cáustico que caracteriza seus artigos, o jornalista fez críticas à cúpula da Rede Globo de Televisão e aos políticos que não ousam desafiar o poderio das grandes empresas de comunicação. Além de inúmeros parlamentares, estiveram presentes ao lançamento sindicalistas e colegas de profissão do autor, entre eles o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Kerison Lopes.
Autor do requerimento para realização da reunião, Rogério Correia deu as boas-vindas ao convidado e falou da satisfação e da expectativa de todos em recebê-lo no Parlamento mineiro. “Sou leitor assíduo da sua coluna, Conversa Afiada, e posso dizer que nós, aqui na Assembleia de Minas, também durante 12 anos estivemos muito afiados na crítica ao modelo neoliberal colocado em prática pelos governos tucanos”, disse o parlamentar. Rogério destacou também a sua afinidade com o pensamento de Paulo Henrique Amorim no que toca à crítica ao papel hegemônico por parte da TV Globo, lamentando que o ex-governador Leonel Brizola nunca tenha sido ministro das Comunicações para enfrentar o monopólio da mídia.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Cristiano Silveira (PT), ressaltou que a comissão, por longos anos presidida pelo deputado Durval Ângelo (PT), sempre atuou como foco de resistência a todo tipo de violação de direitos, inclusive à censura.
O jornalista, por sua vez, ao tomar a palavra e se dirigir à plateia, saudou a todos com o inevitável “olá, tudo bem?”, sua marca registrada como apresentador. Agradeceu ao deputado Durval Ângelo por ter facilitado o contato com o teólogo Leonardo Boff, a quem entrevistou a propósito da viagem do papa Francisco à América Latina. Ele comentou, também, a atuação, no Parlamento mineiro, do bloco Minas sem Censura. Segundo o joranalista, a expressão, usada nas gestões passadas para nomear a corrente de oposição aos governos Aécio Neves e Anastasia, “dá ideia do obscurantismo que marcou esse período em Minas” em termos de cerceamento da liberdade de expressão.
Jornalista critica intervenção da mídia no processo político.
Falando sobre o livro, disse que é resultado de quatro anos de trabalho, aproximadamente, e que a ideia inicial, de contar a história da TV brasileira, evoluiu para uma abordagem de sua experiência como repórter e, daí, para a crítica ao monopólio da comunicação. Para isso, com auxílio de outro jornalista, ele se valeu de seu próprio acervo de notas, guardado em caixas durante anos e que revelam preciosidades, como entrevistas com o ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e Fernando Henrique Cardoso.
Para o jornalista, a entrevista com JK, na volta do exílio, é emblemática sobre o poderio exercido pela imprensa no Brasil e foi concedida “na época em que se podia dizer na frente de senhoras que se trabalhava na Veja”, contou, sob risos da plateia.
Criticando a forma como a Rede Globo de Televisão interfere no processo político-eleitoral e na conjuntura nacional, o jornalista defendeu a criação de um Conselho de Comunicação Social, como expresso na Constituição Federal e a exemplo do que já existe em outros países, como França e Inglaterra, “para garantir que a TV aberta seja equânime e imparcial”. Ele lamentou que nunca, no Brasil, nenhum governante tenha tido a coragem de desafiar esse poderio da Globo, “que nasceu de uma trapaça legal de Roberto Marinho com o grupo Time Life”. “Não vamos esperar que a Dilma vá mudar isso, como fez Cristina Kirchner na Argentina. Não vai”, afirmou.
Para ele, as Organizações Globo e, em particular, a Rede Globo de Televisão, trabalha “pela censura, pelo cerceamento, pela interdição, por não deixar que o pobre tenha acesso aos meios de comunicação que pertencem ao povo brasileiro”.
Apesar disso, Paulo Henrique acredita que a hegemonia da Globo está com os dias contados. “Existe um movimento tecnológico inexorável”, disse, que já começa a minar o poderio da Globo, lembrando que a presidenta Dilma anunciou, na Suécia, a introdução, no Brasil, do sistema 5G. Para isso, disse, “vai ter que tirar o sinal analógico, o que vai provocar uma queda na audiência da Globo, que já vem caindo progressivamente. “O segundo maior destino de publicidade hoje é o Google, e as novas tecnologias vão alterar o perfil da Globo e quebrar sua hegemonia”, previu.
Também presente à reunião, o líder da Maioria, deputado Vanderlei Miranda (PMDB), saudou o jornalista como “um dos poucos que têm a coragem de denunciar, ao contrário de outros”, que por conveniência, acabam se moldando às condições impostas pelos meios de comunicação. “Estamos vivendo um tempo muito difícil do ponto de vista de relacionamento com a imprensa. Não temos uma imprensa comprometida com a verdade, mas com a proposta de desestabilizar”, disse Miranda, concluindo que o Brasil precisa de outros jornalistas como Paulo Henrique Amorim.
Em resposta, Paulo Henrique disse que há muitos outros jornalistas que fazem o contraponto, lembrando que alguns estão reunidos no grupo de mídia alternativa Barão de Itararé, do qual faz parte ao lado de colegas como Luiz Carlos Azenha, Altamiro Borges e Rodrigo Vianna. “Felizmente não estou sozinho, somos uma corrente”, disse.
A deputada Marília Campos (PT), e os deputados Doutor Jean Freire e Professor Neivaldo, ambos também do PT, e Geraldo Pimenta (PCdoB) também compareceram à audiência de lançamento do livro de Paulo Henrique Amorim.
Foto: Breno Araújo
Fonte: www.almg.gov.br

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Seminário discute controle e prevenção do câncer de mama e câncer de colo do útero.


Em sintonia com o Outubro Rosa, evento teve representanes da SES-MG, Ministério da Saúde, INCA e Regionais de Saúde.
Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) realizou nesta quarta-feira (21/10), em Belo Horizonte, o “I Seminário Saúde da Mulher: Diretrizes para Boas Práticas”. O evento faz parte da programação da campanha do Outubro Rosa e tem como objetivo discutir as ações estaduais para o controle e prevenção do câncer de mama e do câncer de colo do útero. O seminário contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e profissionais das Regionais de Saúde do estado.
Segundo a coordenadora de Saúde da Mulher e Rede Cegonha da SES-MG, Ana Cardoso, é preciso discutir ações voltadas para o autocuidado na prevenção do câncer de mama e do câncer de colo do útero. “O tema mais importante que estamos tratando durante a campanha do Outubro Rosa é o autocuidado e o empoderamento da mulher sobre o próprio corpo. É preciso disseminar as informações necessárias para que nós mulheres possamos cuidar da nossa saúde e sermos donas do nosso destino”, afirma.
De acordo com a superintendente de Redes de Atenção à Saúde, Ana Augusta Coutinho, é preciso avançar nas discussões sobre o diagnóstico precoce e tratamento. “Temos a missão de discutir todas as questões que envolvem o câncer de mama e o câncer de colo do útero, mas é preciso enfatizar o acesso da mulher ao tratamento e diagnóstico”, disse.
O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres mineiras. Segundo estimativas do INCA, em 2014 eram esperados 5.210 novos casos da doença no estado. Durante o seminário, a médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia Marta Carrijo falou sobre sua experiência pessoal com o câncer de mama, diagnosticado e curado. “Tive uma nova oportunidade de viver. Agora estou aprendendo a valorizar as minhas percepções, sentimentos e emoções, ancorada naquilo que tenho de único: meu corpo”, conta.
A representante INCA, Maria Beatriz Dias, falou sobre as estratégias para diagnóstico precoce do câncer de mama e de rastreamento. “Existem algumas estratégias que são importantes para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Entre elas está o conhecimento do próprio corpo e dos sinais de alerta para o câncer. Além disso, é necessária a identificação de sinais e sintomas de alerta já na Atenção Primária à Saúde, com encaminhamento urgente. É importante que o diagnóstico dos casos suspeitos seja feito no menor tempo possível” explica.
Entre os principais sintomas para o câncer de mama estão o endurecimento na mama e o surgimento de nódulo único, não doloroso. Também pode ocorrer deformidade ou aumento da mama, retração da pele ou do mamilo, gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos.
Durante o seminário, foram debatidas as estratégias para diagnóstico precoce da doença em pacientes que já apresentam sintomas e também para o rastreamento do câncer em mulheres assintomáticas. O diagnóstico precoce submete mulheres com sinais e sintomas da doença à realização de exames para identificar o câncer em estágios iniciais. Já o rastreamento submete mulheres que não apresentam nenhum sintoma da doença à realização de exames para identificar lesões precursoras ou câncer em estágios iniciais.
Em Minas Gerais, a recomendação para as mulheres de 40 a 49 anos é a realização do exame clínico das mamas e da mamografia, conforme indicação da equipe de saúde e protocolos de rastreamento. Para mulheres de 50 a 69 anos a recomendação é a realização do exame clínico das mamas, conforme indicação da equipe de saúde e da mamografia de rastreamento de 2 em 2 anos.
Foto e fonte: Agência Minas

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Fiscais e familiares fazem vigília por condenação de mandantes da Chacina de Unaí.


Julgamento começa às 8h desta quinta, 22, no auditório da Justiça Federal em Belo Horizonte.
Em 28 de janeiro de 2004, três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego foram assassinados com tiros na cabeça, numa emboscada na zona rural de Unaí, cidade do Noroeste de Minas. Os servidores federais fiscalizavam denúncias de trabalho escravo nas fazendas de feijão dos irmãos Antério Mântega, ex-prefeito do PSDB na cidade, e o empresário Norberto Mânica, apontados como mandantes do crime, que ficou conhecido como a Chacina de Unaí.
Há quase 12 anos o julgamento é postergado por recursos processuais de defesa dos réus. Nesta quinta, familiares, colegas de trabalho e representantes de sindicatos e centrais sindicais estarão em vigília durante o julgamento. Parlamentares da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa irão acompanhar o júri popular, que começa às 8h, no auditório da Justiça Federal, à Av. Álvares Cabral, 1.805 – ao lado do Banco Central, bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte. O PTMG convida os militantes a participarem da vigília em solidariedade aos trabalhadores do Ministério do Trabalho e Emprego, às famílias das vítimas e pelo fim da impunidade.
Ato público pede fim da impunidade.
Nesta quarta, 21, representantes de sindicatos, centrais sindicais, órgãos de defesa dos direitos humanos e familiares fizeram um ato público na porta da Justiça Federal, no bairro Santo Agostinho, para protestar contra a impunidade e exigir a condenação dos mandantes do crime.
A presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho – Sinaft, Rosa Jorge, reconheceu o trabalho Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que desvendaram o crime em seis meses. Os réus tiveram ampla defesa e apresentaram mais de mil recursos ao longo de quase 12 anos, e continuam indiciados. “A nosso ver não há mais dúvida quanto à responsabilidade deles. Nós queremos que todos eles sejam julgados e condenados.”, ressaltou.
Sindicatos, entidades e familiares lutaram durante anos para que o julgamento ocorresse em Belo Horizonte, e não em Unaí, onde o crime ocorreu, por acreditarem que o julgamento na Capital será imparcial. “O que nos inspira é a necessidade de Justiça. Não suportamos mais tanta demora, com tentativas de adiar indefinidamente, fazer com que o crime caísse no esquecimento, prescrevesse”, disse Rosa Maria.
Audiência pública.
Pela manhã, ainda nesta quarta, servidores federais, sindicatos e familiares participaram de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, para reiterar a expectativa de julgamento e condenação dos réus.  “Não podemos nos calar diante da impunidade e injustiça. Em nome das viúvas, coloco nossa dor, indignação e decepção com a Justiça”, disse, emocionada, Maninez Lima, viúva do auditor fiscal Erastóstenes. Segundo ela, o julgamento não é a solução, mas traz a sensação de que a Justiça foi feita, para que possa viver seu luto calada. Criticou a demora da Justiça, que prorrogou o luto das famílias. O presidente do Instituto Mineiro de Relações do Trabalho, Carlos Calazans, também cobrou a necessidade de Justiça para os mandantes do crime, quase 12 anos após a chacina. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Cristiano Silveira (PT), disse que a expectativa é de que o julgamento ocorra e que seja feita Justiça. O deputado Professor Neilvado (PT), também ressaltou a importância do momento desse julgamento.
O processo.
A Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento de nove pessoas por homicídio triplamente qualificado: os fazendeiros e irmãos Antério e Norberto Mânica, os empresários Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro e Francisco Elder Pinheiro, além de Erinaldo de Vasconcelos Silva e Rogério Alan Rocha Rios, apontados como autores do crime, Willian Gomes de Miranda, suposto motorista da dupla de assassinos, e Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de ajudar a apagar os registros da passagem dos pistoleiros pela cidade.
Um dos réus, o empresário Francisco Elder, morreu no último dia 7, aos 77 anos. Apesar do crime ter sido cometido em 2004, os três primeiros responsáveis pela chacina de Unaí só foram condenados em agosto de 2013. Erinaldo de Vasconcelos Silva recebeu pena de 76 anos e 20 dias por três homicídios triplamente qualificados e por formação de quadrilha, Rogério Alan Rocha Rios a 94 anos de prisão pelos mesmos crimes e William Gomes de Miranda a 56 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado. A Justiça Federal deverá realizar o julgamento nesta quinta, 22 e no dia 27 de outubro.
Assessoria de Comunicação do PTMG com informação da ALMG e CUT/MG.
Foto: Estevão Cruz

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