domingo, 20 de novembro de 2016

O prédio que derrubou Calero e ameaça demolir Geddel do governo Temer.

Ilustração do projeto do edifício La Vue, em Salvador, que causou queda de Ministro da Cultura
Ilustração do projeto do edifício La Vue, em Salvador, que causou queda de Ministro da Cultura


O prédio em questão é este que aparece aí em cima: o La Vue , um espigão de 30 andares na Ladeira da Barra, com um apartamento por andar e estrutura completa de lazer e serviços. São unidades de 260 metros quadrados, com quatro suítes e quatro vagas de garagem, além de uma cobertura de 450 metros quadrados.

A construção, que chegou a ser suspensa por uma liminar judicial, é contestada pelo Instituto dos Arquitetos da Bahia, que acusa a Prefeitura de Salvador de ter liberado irregularmente a obra, de 106 metros de altura, o que seria proibido, por exceder a altura permitida para não provocar o sombreamento na Praia do Porto da Barra e ferir a paisagem da Ladeira, onde existem monumentos tombados pelo Patrimônio Histórico.

Geddel – segundo o próprio ex-ministro da Cultura – indicou o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, Carlos Amorim, que já ocupara o cargo e fora demitido por Juca Ferreira ano passado, que voltou ao cargo, noticiou-se, por sua “a boa relação com o prefeito ACM Neto”

No último dia 10, o procurador Pablo Coutinho Barreto pediu ao juiz da 4ª Vara Federal da Bahia a suspensão definitiva da obra, com o depósito judicial de tudo o que a construtora Cosbat Engenharia e sua parceira Viva Ambiental e Serviços (que atua em coleta de lixo em várias cidades nordestinas) já recebeu pelas vendas. O empreendimento era contestado há muito tempo e já havia sido objeto de confronto de Geddel, pelo Twitter, com vereadores da capital, a quem acusou de trabalharem contra a construção influenciados pelo banqueiro Marcos Mariani, filho de Clemente Mariani, cuja casa fica nas proximidades.

Geddel, que já estava às voltas com a Lava Jato, dificilmente terá condições de continuar no Governo, agora como “ministro do espigão”. A acusação de calero é muito direta e específica e configura advocacia administrativa (art.321 do Código Penal) “na veia”.

Resta saber se o acovardado Michel Temer, digamos, demiti-lo-á...


Fonte: Tijolaço
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Ex-ministro de Temer acusa Geddel de fazer pressão para liberar obra.


Marcelo Calero

Demissionário do Ministério da Cultura, Marcelo Calero revelou em entrevista para o jornal paulistano Folha de S. Paulo que o ministro Geddel Vieira Lima o pressionou para liberar uma obra em Salvador.

Calero afirmou que Geddel ligou e o procurou pessoalmente em cinco ocasiões, para fazer com que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovasse um projeto imobiliário na capital baiana, que atinge uma área tombada como patrimônio histórico.

Salvador é base do articulador político do governo ilegítimo de Temer. Ele teria dito a Calero, em duas conversas, que possui um apartamento nesse projeto, que dependia da autorização do governo federal para ser construído.


Do Portal Vermelho, com informações da Folha de S.Paulo

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Jandira Feghali cobra afastamento de Geddel.


Geddel Vieira Lima


Calero pediu demissão da pasta após ser ameaçado por Geddel a liberar um empreedimento imobiliário em Salvador embargado pelo Iphan, onde o articulador político de Michel Temer (PMDB) adquiriu um imóvel.

Jandira, no Facebook, diz que "a oposição na Câmara vai cobrar o afastamento de Geddel do governo até que tudo seja esclarecido. Também iremos pedir na próxima semana acareação entre Geddel e Marcelo Calero sobre a suposta corrupção escancarada deste governo ilegítimo. Se isso ocorre na Cultura, imagina no resto", finaliza.

Humberto Costa pede demissão de Geddel

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), pediu a demissão imediata do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), acusado pelo colega da Cultura, Marcelo Calero, de usar do próprio cargo para conseguir vantagens pessoais.

"A narrativa do ex-ministro da Cultura expõe as víscera desse governo corrupto. Ele entregou o cargo para não ser obrigado a atropelar pareceres técnicos que negavam autorização para a construção de um prédio em uma área tombada, onde Geddel tem investimentos. É escandaloso que um ministro extremamente poderoso dentro do governo, que trabalha na antessala de Temer, use do próprio cargo para coagir e ameaçar colegas em favor de interesses pessoais", criticou o líder do PT. "Se Temer tiver o mínimo de decência e de escrúpulo, demite Geddel hoje mesmo."

O líder do PT informou que a bancada do partido fará um convite para que Marcelo Calero vá ao Senado explicar, publicamente, os fatos que redundaram em sua demissão. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Calero disse que Geddel o procurou insistentemente para que liberasse o empreendimento imobiliário e, diante da resistência do Iphan, tentou retirar o caso do Ministério da Cultura e enviá-lo à Advocacia-Geral da União (AGU), onde teria mais força para ver atendida a sua vontade.

"Eu fiquei surpreendido, porque me pareceu tão absurdo o ministro me ligar determinando que eu liberasse um empreendimento no qual ele tinha um imóvel. Você fica atônito (...) O ministro Geddel tem uma forma de contato muito truculenta e assertiva, para dizer o mínimo (...) Estou fora da lógica desses caras, não sou político profissional. Não tenho rabo preso. Não estou aqui para fazer maracutaia", disse Calero à Folha.

Humberto Costa informou, ainda, que vai pedir a convocação de Geddel Vieira Lima para que explique no Senado as acusações que lhe foram feitas pelo colega de governo. O líder do PT vai ingressar, também, com representações na Comissão de Ética da Presidência da República e no Ministério Público Federal para que abram investigação sobre o caso. Marcelo Calero é o quinto ministro do governo não eleito de Michel Temer a cair, depois de Romero Jucá (Planejamento), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Fabiano Silveira (Transparência) e Fabio Medina Osório (AGU).


Jandira Feghali


Do Portal Vermelho, com agências
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Geddel constrange Temer e diz que não pede demissão.


Geddel Vieira Lima

Depois de ter admitido que pressionou o Iphan a rever o embargo de uma obra onde tem um imóvel de R$ 2,4 milhões, o que constitui crime de advocacia administrativa, por ter usado um cargo público para defender seu interesse pessoal, o ministro Geddel Vieira Lima concedeu uma entrevista ao jornalista Gustavo Uribe, do Brasil 247, e negou ter pressionado o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a despeito de todas as evidências que apontam na direção inversa.

"Eu tratei com ele do tema, com a transparência que o tema exigia, fazendo ponderações de um assunto que está judicializado. Em nenhum momento houve pressão. E a maior demonstração disso, e que torna a questão dele ainda mais incompreensível, é que a posição final que prevaleceu foi a dele", disse Geddel.

Na verdade, Calero não só perdeu a disputa, como se demitiu do cargo, alegando que Geddel foi truculento e queria obrigá-lo a participar de uma maracutaia.

O ministro também disse que não se vê impedido de tratar do tema – que não tem qualquer relação com a sua atividade governamental – pelo fato de ter comprado uma unidade no empreendimento.

"Em 2015, eu fiz uma promessa de compra e venda de uma unidade que estava lançada, sem nenhum problema, com todas as licenças colocadas e que vários outros adquiriram uma unidade de apartamento. O que não me tira, me dá legitimidade para levar a ele um problema por conhecer o que estava ocorrendo, estar preocupado, como todo cidadão fica preocupado em uma situação dessa", disse ele.

Geddel também sugeriu que Michel Temer não condições de demiti-lo. "O presidente tinha lido a entrevista, ficou também sem entender as razões, até porque o Calero não colocou essas razões para ele e se especulou o que tinha havido. O presidente chegou a fazer um apelo para que ele permanecesse na função. E orientou que eu procurasse responder com a tranquilidade que eu estou respondendo, com a verdade. Manifestou seu respeito, carinho e apoio à nossa posição", disse ele. "Eu conheço o presidente há 25 anos. Eu não preciso que ele manifeste confiança para saber até quando ele confia em mim."


Fonte: Brasil 247

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