domingo, 10 de junho de 2018

A MALDIÇÃO DO IMPEACHMENT PEGOU MAIS UM: O RELATOR DAS PEDALADAS.



Eduardo Cunha foi preso. Aécio Neves caiu em desgraça. Michel Temer continua no palácio, mas não pode pisar na rua. A maldição do impeachment tem sido implacável com os algozes de Dilma Rousseff. Agora chegou a vez de Augusto Nardes, o relator das pedaladas fiscais. 
No fim de maio, a Polícia Federal vasculhou a casa do ministro do Tribunal de Contas da União. Os agentes aperenderam documentos e celulares. A operação foi realizada em sigilo, por ordem do Supremo Trubunal Federal. Veio à tona na quarta-feira, no site da revista Época.
Nardes apareceu na delação de Luiz Carlos Velloso, um dos réus confessos da quadrilha de Sérgio Cabral. Ele disse à justiça que pagou despesas pessoais do ministro. No pacote, incluiu até mensalidades escolares. Segundo o delator, o ministro do TCU também recebeu propina de Fernando Cavendish, o empreiteiro que bancava as farras do ex-governador do Rio.
Não é a primeira vez que o investigador vira investigado. Nardes já havia sido citado na Operação Zelotes, que apura fraudes fiscais. Também foi delatado ao menos duas vezes na Lava-JatoRenato Duque, o ex-diretor da Petrobras disse que ele recebeu propina de R$ 1 milhão.
Até agora, o ministro esteve a salvo de conduções coercitivas ou prisões temporárias. As buscas em sua casa são uma novidade porque indicam que essa blindagem pode ter começado a ruir. Procurado na quarta, ele não quis manifestar sobre a operação.
Antes de se enrolar, Nardes foi peça-chave na derrubada de Dilma. Seu relatório sobre as pedaladas deu pretexto formal para o processo de impeachment. às vésperas do julgamento, ele posava de vestal. Numa entrevista, disse que o país não podia mais “passar a mão na cabeça das autoridades em detrimento do povo brasileiro“. “Temos que dar um basta a isso“, bradou. Houve quem sugerisse lançá-lo ao Planalto.
Ex-deputado do PPNardes foi indicado ao TCU por Severino Cavalcanti, aquele que exigiu a diretoria da Petrobras que fura poço e acha petróleo“. Antes de virar ministro, fez acordo para escapar de uma acusação por crime eleitoral e peculato, Quando ele pontificava contra a corrupção, sua ficha já era bem conhecida em Brasília.
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