Bolsonaro quer enquadrar MTST e MST como terroristas.
“Estamos confiantes na vitória do Haddad. A sociedade brasileira não é fascista e reacionária a esse ponto”, afirmou Alexandre Conceição, da Coordenação Nacional do MST. De acordo com Natalia Szermeta, do MTST, “as ruas estão quentes” contra Bolsonaro. “Temos conversado bastante e as pessoas começam a entender que o que está em jogo não é o partido x ou y mas é o futuro de gerações. Sabem que a desigualdade não se enfrenta com ódio”, avaliou Natália.
O final de semana foi marcado por manifestações pacíficas da campanha pró-Haddad e outros atos em favor de Jair Bolsonaro, como na avenida Paulista, em São Paulo. Por telefone, Bolsonaro entrou ao vivo no ato da paulista em um telão: "Bandido do MST e bandido do MTST, suas ações serão tipificadas como terrorismo!".
Para Alexandre, a candidatura de Bolsonaro se sustenta em mentiras e iludiu uma parcela da população. Na opinião dele, esse caminho pode levar o Brasil a uma guerra civil.
“Não temos medo de enfrentar esse tipo de ameaça, enfrentamos governo golpista, enfrentamos a ditadura, enfrentamos o latifúndio há 500 ano. Os governos passam e a luta pela terra continua. Vamos agindo com inteligência para derrotar essa ameaça nas urnas”.
De acordo com Natália, o recado de Bolsonaro em vez de amedrontar os movimentos vai fortalecer. “Vai fazer com que a resistência e a luta sejam ainda maiores. Não vão nos intimidar e muito menos fazer calar a voz daqueles que sempre estiveram na luta pela democratização do país”.
A dirigente do MTST avaliou que o Brasil vive um processo de descrédito das instituições desde o impeachment. “Bolsonaro é fruto disso. O filho dele afrontou a Suprema Corte (STF) que é quem garante os direitos constitucionais".
Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou que bastaria “um soldado e um cabo para fechar o STF”. Reeleito para a Câmara Federal, o filho de Bolsonaro faz a ameaça considerando a hipótese de o Supremo impugnar a candidatura do pai.
"Sujeitos boçais como Bolsonaro ganham força no Brasil também porque as nossas instituições estão falidas. O nosso sistema jurídico deu provas nos últimos tempos que tomou o lado oposto ao da garantia dos direitos iguais. Tomou partido e politizou o debate. Deu mais força para que pessoas como Bolsonaro afrontassem as instituições sem se preocupar com as consequências”, completou Natália (na foto ao microfone).
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