segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Porque a oposição não quer deixar a Dilma governar.


Por José Augusto Valente
O desespero da oposição tem razão de ser e o esforço para impedir que Dilma governe é compreensível. Eles sabem que se Dilma governar, mesmo sob forte pressão da imprensa, fará uma revolução no país, abrindo as portas para uma vitória expressiva da centro-esquerda nas eleições municipais de 2016 e para mais oito anos de Lula. Essa revolução democrática ocorrerá em todas as áreas, mas me deterei na abordagem da logística e transportes.
Se o TCU não conseguir paralisar a maioria das obras de vulto, o Brasil será outro após esses dezesseis anos de governos Lula e Dilma. Essa é a razão do desespero da direita.
Segundo o mais recente balanço do PAC 2, em junho de 2014, todos os eixos de ação mostram avanços e muitas obras estarão concluídas até o final do próximo ano. Sem contar as obras e medidas institucionais do PAC 3, que serão anunciadas em breve.
Nesta fase final do PAC 2, a oposição terá muita dificuldade de se contrapor adequadamente, pela importância que essas obras têm para o desenvolvimento regional e nacional.
No “eixo transportes”, cerca de 2,6 mil quilômetros de obras de duplicação e adequação de rodovias estão em fase de conclusão, além de 4,7 mil quilômetros de novas pavimentações, bem como sinalização e manutenção de toda a malha rodoviária. Uma das principais obras é o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro,
Ainda no “eixo transportes”, 2,5 mil quilômetros de obras de infraestrutura ferroviária estão em andamento, com diferentes prazos de conclusão no próximo mandato de Dilma, com destaque para a Ferrovia Norte-Sul que chegará a Estrela d’Oeste/SP e, após, no PAC 3, ao Rio Grande do Sul e Belém do Pará.
Na área de portos, fora do PAC, teremos a conclusão da ampliação dos terminais de contêineres e de veículos, no Porto do Rio, neste final de ano ou início do próximo, que quadriplicará a sua capacidade e terá condições de receber navios de oito mil contêineres, que começam a chegar ao país. Obras complementares de dragagem serão necessárias e deverão estar contempladas no PAC 3.
Além dessa, em praticamente todos os portos públicos, outras obras de ampliação da capacidade, de dragagem e de acesso terrestre estão por começar ou em andamento.
Em relação aos aeroportos, grande parte das obras foram concluídas e elogiadas por ocasião da Copa do Mundo. Nos próximos meses, veremos os resultados impactantes das concessões de aeroportos como Galeão, Confins e a complementação do de Guarulhos. Além disso, novas concessões virão.
A aviação regional será estimulada, com novos aeroportos e tarifas subsidiadas, o que impactará fortemente o turismo para paraísos em que há difícil acesso terrestre, como no norte, nordeste e centro-oeste.
É óbvio que obras não são suficientes. Mas se a presidenta Dilma estabelecer pontes de mão-dupla com segmentos empresariais produtivos, com os movimentos sociais, com o Congresso Nacional e com o PT, será um “passeio”.
A oposição ficará sem discurso consistente e terá que contar, mais uma vez, com a imprensa, na difícil tarefa de inventar uma “realidade” que não tem nada a ver com o mundo real das pessoas, especialmente das mais pobres.
José Augusto Valente é especialista em logística e transportes.

Nenhum comentário: